Ocorre-me sempre um nome pouco “canónico” para arremessar àqueles a quem ouço chamar “bom tempo”, sobretudo os citadinos, a esta desgraça por que vêm passando os países do Sul, embora não só estes, com temperaturas de julho em outubro; é que para esses “fidalgos”, desde que não chova, mesmo que venham a ter a água racionada, é sempre bom tempo, importante é que possam refastelar-se nas praias, sem que os incomode nada a anormalidade que tal “regalia” constitui, e se lhes faltar o que comer nos mercados, é sempre fácil acusar a especulação, que nunca deixa de aproveitar as anomalias no abastecimento.
Fruto deste desequilíbrio, ao que dizem os especialistas, os franceses andam aflitos com uma praga de percevejos, que invade não só as casas das pessoas como transportes e repartiçoes públicas, de que já se queixam também os espanhóis dos territórios próximos da fronteira; e como não somos mais que eles, é de crer que, a continuarem estas absurdas temperaturas, não demoremos a ser contemplados também com esse “presente” da natureza, que faço votos para que “chateiem” primeiro os que chamam a isto bom tempo...
Amândio G.Martins
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