Itzhak Rabin tinha acabado de receber o Nobel da Paz, juntamente com o seu ministro dos assuntos exteriores, Shimon Peres, e o líder da Organização de Libertação da Palestina, Yasser Arafat, pelos esforços conjuntos na criação de um clima de concórdia e paz no Médio Oriente, quando foi assassinado por um jovem compatriota extremista, que justificou às autoridades o hediondo acto afirmando que Rabin estava a entregar aos árabes a pátria israelita.
Não pode saber-se hoje, com exactidão, como seria o ambiente naquelas terras se tivesse continuado no seu comando gente com a mentalidade daquelas três personalidades, mas seria certamente bem mais próspero e pacífico do que aquele a que o mundo vem assistindo, como lembrou um dia destes Felipe VI de Espanha, na cerimónia de entrega dos prémios “Princesa das Astúrias”, recordando o momento em que ele próprio, na qualidade de príncipe, fez a entrega do mesmo a Arafat e Rabin.
E é dramático saber-se que é a mentalidade daquele bando de brutamontes de onde saíu o assassino de Rabin que hoje comanda o poder em Israel, à cabeça do qual está um corrupto material e moral, a quem o bárbaro acto do Hamás serviu como uma luva para se cimentar no poder e ter “carta branca” para cometer as atrocidades que sempre quis contra os palestinianos, sendo que o próprio assassino de Rabin é hoje também seu ministro...
Amândio G. Martins
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