Diria um espanhol, “cabreado”, perante o escandaloso aumento do imposto de circulação automóvel, que só afectará os menos abonados, que os outros não andam com carros muito velhos, embora os possam ter “antigos”, como objecto de colecção, que se forem devidamente classificados até estão isentos de grandes despesas; mas andando eu com um carro de 1998, que já pagou no corrente ano setenta euros e uns cêntimos, por ser o combustível gasóleo e a cilindrada 2.200, imagino que, com o “presente” que o senhor governo se prepara para me oferecer, não tarda estarei a pagar tanto pelo imposto como pelo seguro.
Nunca teria comprado um coisa assim, que sempre tive carros bem abaixo dos 2000 de cilindrada – que também são agora castigados - mas foi-me oferecido pelo meu filho há já bastantes anos, funciona bem, é seguro e confortável e por isso afeiçoei-me a ele; como sempre usei o carro por necessidade, não por ostentação, não teria nenhum problema em livrar-me dele, se os transportes públicos que há para aqui me satisfizessem, que “cravar” boleias pode servir uma ou outra vez, mas não sistematicamente; só que a camioneta que serve este sítio passa por cá de manhã, para levar à sede concelhia quem lá precisar ir e só retorna à hora do almoço e depois ao fim do dia, não respondendo às necessidades da minha “frenética” vida.
Dizem que a ideia, ou pretexto, é castigar aqueles que mais poluem, para que passem a comprar carros eléctricos - como se já não fossem castigados com impostos nas reparações e no combustível – como se estes fossem acessíveis para aquela gente que se vê obrigada a conservar os seus chassos; de facto, tratando-se de viaturas de custo elevado, e sendo os incentivos insuficientes, como poderão as pessoas fazer face a uma tal arbitrariedade...
Amândio G. Martins
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