segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Condenar é fácil

 

Condenem à vontadinha, porque há matéria para todos os gostos e cores. “Já condenou hoje?” - pergunta Cátia Domingues, no seu trabalho humorístico dos domingos no JN. “Eu cá já condenei. Por acaso, acho que na quarta-feira me precipitei na condenação mas acho que hoje já condenei melhor. Confesso que tenho andado insegura porque é um risco condenar quando está a ser tão difícil acompanhar a actualidade ao minuto e estar a par do que é verdadeiro ou falso”. Mas, enfim, o que é importante é condenar. Aliás, o mais importante é que toda a gente saiba que condenamos e que o que condenamos é a coisa certa. Por isso, vejam lá se têm as condenações em dia”...

 

Para as Direitas espanholas, a democrática e a marginal, as vítimas são aquelas do terrorismo do Hamas; o massacre israelita contra palestinos inocentes não é terrorismo, é justiça. Assim, quando no Parlamento da Comunidade de Madrid, uma deputada do partido “Más Madrid” tentou corrigir a proposta de Rocio Monastério, de “Vox”, estendendo o voto de um minuto de silêncio que esta pedia para as vítimas do Hamas a todas as vítimas do conflito, Monastério respondeu-lhe que tinha de vir alguém de  “la escória de la Izquierda” para criar confusão...

 

Amândio G. Martins

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