quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018


Que forma de fazer justiça...


Ao fim de duas horas e meia e doze tentativas para lhe introduzirem no corpo a dose letal, para execução da sentença de morte a que foi condenado em 1987, o Estado do Alabama suspendeu a operação porque os carrascos não encontraram veias onde pudessem injectar o veneno!


“Foi uma execução sangrenta e mal sucedida” – disse o representante do condenado. O tribunal tinha sido avisado pelos médicos que o homem, que sofre de cancro, tinha recebido elevada quantidade de tratamentos intravenosos, que lhe comprometeram as veias mas, mesmo assim, os zelosos defensores da “law and order” daquele Estado de más memórias quantos aos direitos humanos, não levou em conta o aviso.

E o condenado -  duplamente condenado – há mais de trinta anos no corredor da morte, aguarda agora uma nova data, enquanto lhe cicatrizam as feridas agora provocadas pela tentativa falhada de lhe tirarem a vida...

Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Quando, no exercício da minha profissão, estávamos aflitos para arranjar veias que fossem puncionáveis, dizíamos que elas eram "bailarinas".Neste caso que descreve, quem tinha nome de jargão eram os puncionadores: "f..... da p..." caucionados pela lei.

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