Run, Cristiano,
run
Não ligo puto
a futebol, mas sou teu admirador. És rico, muito rico, mas não exploras ninguém,
bem antes pelo contrário, há muita gente a viver à tua custa. Nunca tive inveja
de quem tem mais do que eu, sobretudo quando, como é o caso, o que tem se deve
ao seu esforço e qualidade pessoal.
Tal como eu,
eras um miúdo quando deixaste a família para seguir o teu sonho; comeste o pão
que o diabo amassou e chegaste lá. E todos os que foram teus companheiros de
aventura, mesmo os que não atingiram o teu sucesso e muitos dos que ficaram
definitivamente para trás, são unânimes em afirmar que eras o melhor de todos,
não só pela habilidade que Deus te deu, mas sobretudo pela capacidade de
trabalho permanente.
Comparando
com o comum dos cidadãos, é verdade que ganhas desmesuradamente, mas não é por
isso que há muito quem não tenha o suficiente para viver dignamente; essa é
outra história e não te cabe a ti resolvê-la, por grande que seja a
generosidade que tens revelado em muitas situações, de que não fazes alarde mas
acaba por se saber…
Aqueles que
te odeiam só porque não podem o que tu podes, se tivessem sido bafejados com um
pouquinho mais de inteligência, teriam mais pudor em extravasar o seu ódio; é
que eles nem sequer atacam o sistema que te permite ganhar assim. És tu o alvo
mais fácil do seu azedume porque, pequeninos que sempre foram e serão, vêem uma
afronta pessoal nos teus carros, nas tuas mulheres, nas tuas casas…
São realmente
uns infelizes, em grande parte por culpa própria, digo eu, porque é isso que
deixam escancarado nos autênticos “bosteiros” de prosa que nos atiram para cima
e inundam as redacções de tudo quanto é jornal.
E como deve
ser preciso enorme paciência a quem nesses jornais tem a função de seleccionar
de tais “bosteiros” alguma coisa inteligível, aprovam apenas uma ínfima parte,
ou então dão-lhes o destino que realmente merecem.
Depois berram
sem qualquer vergonha que o jornal tal e tal não publica o que para lá despejam,
como se aquilo fosse um vazadouro para as suas angústias; e nem se questionam
se o jornal não terá publicado por uma questão de higiene e respeito pelos
leitores!
Amândio G. Martins
Não posso estar mais de acordo consigo no que toca às afirmações sobre o Ronaldo. Não explora ninguém e não é por sua culpa que existe fome no mundo. Só faltava que lhe carregassem aos ombros a obrigação de derrubar este sistema desigual e desumano que nos impõem, e de que ele, com habilidade e inteligência, se aproveita.
ResponderEliminarQuanto aos outros que visa no seu texto, poupo-os. Não quero saber as razões que os levam a fazer o que fazem. Mas, se querem botar “faladura”, pois que botem. Como todos nós, arriscam-se a que botem os seus textos ao cesto. E se alguns os aproveitam e publicam, também se estão a classificar a si próprios. Mas há que defender a liberdade, mesmo para a asneira.
Ele não mo pediu nem precisa disto para nada, mas este escrito pretende ser apenas uma simples "carta aberta" ao Cristiano a dizer-lhe que estou do seu lado...
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