Tal
como todos os anos, mal começa a aquecer o tempo, é a debandada
geral para as praias e, milhões de beatas (pontas de cigarro)
começam a ser enterradas na areia. Beatas, e não só! Sacos e
garrafas de plástico, invólucros vários, enfim, a mais variada
lixarada é lá deixada, principalmente nas dunas e nas rochas, a
conspurcar as nossas belas praias.
Na
abertura da atual época balnear,1 de Junho, a Autoridade Marítima
Nacional e o Instituto de Socorro a Náufragos afirmaram, e bem,
que, como sempre, o principal desígnio que vai nortear a sua ação
e empenho, é a segurança dos banhistas. O mesmo, com certeza,
pensarão os nadadores-salvadores, a Polícia Marítima e até as
corporações de bombeiros das localidades ribeirinhas.
Portanto,
naturalmente, a vida das pessoas em primeiro lugar. E em segundo, a
par do sol e do mar, o que deveria ser? Que tal o civismo e a
educação? Infelizmente não é! O lastimável comportamento de
tanta gentinha, para não dizer gentalha, que acima referimos,
continua, e representa uma enorme falta de respeito para com o seu
semelhante, um atentado ao meio ambiente, e uma vergonha nacional
perante os milhões de estrangeiros que demandam este nosso tão belo
e maltratado país.
Mas,
para além do prestimoso papel das entidades referidas, nada mais
poderia e deveria ser feito? Não deveria haver campanhas de
sensibilização, por exemplo, através das autarquias e da rádio e
televisão publicas? E depois, não deveria haver sanções (coimas)?
Não há meios humanos? Porque é que a Marinha acabou com os
cabos-de-mar? E não deveria ser essa, também uma das funções da
Polícia Marítima?
Em
nome da decência e até para desfrutarmos plenamente o que a Mãe
Natureza generosamente nos oferece, aqui ficam algumas sugestões.
Francisco
Ramalho
Corroios,
15 de Junho de 2017
(Hoje, 17/6/17, no JN)
Às vezes tenho a estranha sensação que muitos portugueses têm um modo de "se provocarem a si próprios" algo doentio! Se a mesma pessoa "semeadora de beatas" estiver noutro país com mais civismo... não faz a sementeira... Quase como se soubesse com se faz mas... é "do contra" e... pronto!
ResponderEliminarSe o senhor Ramalho "só" encontra isso na praía, digamos que até vai com sorte... É que eu, que frequentava a praia quando tinha filhos pequenos, porqque quando passaram a ser autónomos nunca mais lá pus os pés, quando preparava a "barraca" para arrumar a tralha para lá passar o dia todo encontrava coisas bem mais fedorentas, enterradas na areia pelos que lá tinha estado no dia anterior!
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