quinta-feira, 15 de junho de 2017

SEGURANÇA, SIM! E A LIMPEZA DAS PRAIAS?



Tal como todos os anos, mal começa a aquecer o tempo, é a debandada geral para as praias e, milhões de beatas (pontas de cigarro) começam a ser enterradas na areia. Beatas, e não só! Sacos e garrafas de plástico, invólucros vários, enfim, a mais variada lixarada é lá deixada, principalmente nas dunas e nas rochas, a conspurcar as nossas belas praias.
Na abertura da atual época balnear,1 de Junho, a Autoridade Marítima Nacional e o Instituto de Socorro a Náufragos afirmaram, e bem, que, como sempre, o principal desígnio que vai nortear a sua ação e empenho, é a segurança dos banhistas. O mesmo, com certeza, pensarão os nadadores-salvadores, a Polícia Marítima e até as corporações de bombeiros das localidades ribeirinhas.
Portanto, naturalmente, a vida das pessoas em primeiro lugar. E em segundo, a par do sol e do mar, o que deveria ser? Que tal o civismo e a educação? Infelizmente não é! O lastimável comportamento de tanta gentinha, para não dizer gentalha, que acima referimos, continua, e representa uma enorme falta de respeito para com o seu semelhante, um atentado ao meio ambiente, e uma vergonha nacional perante os milhões de estrangeiros que demandam este nosso tão belo e maltratado país.
Mas, para além do prestimoso papel das entidades referidas, nada mais poderia e deveria ser feito? Não deveria haver campanhas de sensibilização, por exemplo, através das autarquias e da rádio e televisão publicas? E depois, não deveria haver sanções (coimas)? Não há meios humanos? Porque é que a Marinha acabou com os cabos-de-mar? E não deveria ser essa, também uma das funções da Polícia Marítima?
Em nome da decência e até para desfrutarmos plenamente o que a Mãe Natureza generosamente nos oferece, aqui ficam algumas sugestões.
Francisco Ramalho
Corroios, 15 de Junho de 2017

(Hoje, 17/6/17, no JN)


2 comentários:

  1. Às vezes tenho a estranha sensação que muitos portugueses têm um modo de "se provocarem a si próprios" algo doentio! Se a mesma pessoa "semeadora de beatas" estiver noutro país com mais civismo... não faz a sementeira... Quase como se soubesse com se faz mas... é "do contra" e... pronto!

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  2. Se o senhor Ramalho "só" encontra isso na praía, digamos que até vai com sorte... É que eu, que frequentava a praia quando tinha filhos pequenos, porqque quando passaram a ser autónomos nunca mais lá pus os pés, quando preparava a "barraca" para arrumar a tralha para lá passar o dia todo encontrava coisas bem mais fedorentas, enterradas na areia pelos que lá tinha estado no dia anterior!

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