domingo, 1 de julho de 2018

PARABÉNS AO VENCEDOR E A PORTUGAL




Não vi nem vou ver quaisquer estatísticas, foi a olho nu. Portugal teve bastante mais tempo de domínio da bola e bateu-se com o mesmo vigor que o Uruguai. Mas este, mereceu inteiramente a vitória. Porquê? Porque foi mais eficaz. Mais frio e objectivo. Os nossos, como é característica do futebol luso, e não só, evidentemente, mas o que interessa analisar agora, é o nosso, dominaram e trocaram bem a bola, tudo bem feito, tudo demorado, e isso foi fatal em 90% das jogadas. Quando chegavam à zona de finalização, já lá estavam os uruguaios todos, numa perfeita muralha intransponível. Depois, em contra-ataques rápidos e objectivos, justa e merecidamente, fizeram-nos a folha.
Retive uma declaração do treinador da Selecção da pátria de Mujica, quando lhe perguntaram como encarava o jogo contra Portugal. Cito de memória: “sei que vamos enfrentar uma grande equipa. Os campeões em título da Europa, e o melhor jogador do mundo. Daremos uma resposta colectiva”. Foi o que fizeram. E bem! Parabéns! Parabéns também aos nossos, que se bateram como souberam e puderam. Quem assim faz, a mais não é obrigado e ganha quem marca mais!
Sei que de Melgaço a Santa Cruz das Flores, seria uma alegria imensa. Paciência! Uma vantagem! Esperemos. Vamos ser aliviados até ao fim da prova, dos omnipresentes e intermináveis comentários, análises e palpites televisivos e radiofónicos.
Até poderiam ser duas vantagens, poderiam ter aprendido qualquer coisa com a exibição do valoroso adversário, mas parece que não. Fernando Santos, de uma forma deselegante e pequenina, achou que o resultado “não foi nada justo”.
Pode-se ser grande e digno, na vitória ou na derrota.
Francisco Ramalho
Corroios, 1 de Julho de 2018


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