quarta-feira, 8 de maio de 2019


“Basura y más basura”...


Sem que quem quer que fosse lhe tivesse outorgado tal encargo, a figura assumia-se como “patriarca” cá do sítio, querendo transformar este espaço numa tertúlia de inanidades; por isso, qualquer discrepância natural entre participantes era para ele um problema, motivando de imediato uma intervenção paternalista e o conselho que ninguém lhe havia pedido.

Até que, como se permitia despejar aqui todo o tipo de sandices, começou a ver postos em causa os seus conceitos, coisa que nunca lhe tinha passado pela cabeça que alguém alguma vez se pudesse atrever; resmungou, esperneou, até que ameaçou abandonar para sempre a “rapaziada”.

“Agarrem-me, senão eu deixo-vos”! Como não surgiu um só que o quisesse segurar, o infeliz chegou a pensar em “suicídio”, mas reconsiderou e preferiu continuar a tentar envenenar o ambiente com insultos e provocações de toda a ordem, ao ponto de dizer que isto estava morto e já fedia, só que ninguém lhe dava qualquer atenção, o que o deixava furibundo.

Fez até, abusivamente, uma lista de nomes que dizia terem deixado de colaborar por causa do comportamento de um ou dois, sem que os nomeados o tivessem respaldado, invocou várias vezes a fundadora – já depois de a senhora  ter decidido, por razões que só a ela diziam respeito, “passar a pasta” – em total desconsideração por quem teve a gentileza de garantir a continuação, enfim, um nunca mais acabar de cenas tristes.

Agora, certamente resultado das muitas noites de insónia, surgiu-lhe a luminosa ideia de brindar a todos com os resíduos fermentados do que a sua perturbada mente vai excretando, como se não houvesse contentor lá na rua; que Santa Rosinha de Viterbo lhe dê um pouquinho mais de tino, e a quem tiver de o aturar um pouquinho mais de paciência...


Amândio G. Martins

1 comentário:

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