Associo-me ao júbilo reinante, até a nível internacional, relativamente ao desfecho da reunião do G7 em que se decidiu uma taxa mínima no imposto a incidir sobre os lucros das empresas. Menos se tem falado de dois aspectos sem os quais a decisão agora anunciada poderá “empalidecer”: a definição clara e precisa de uma base tributável comum, uma vez que, do ponto de vista fiscal, os lucros são medidos de maneiras diferenciadas nos diversos países, e qual a territorialidade a que será aplicado o direito a receber os respectivos impostos, porque há que acabar, de uma vez por todas, com a “brincadeira” de as empresas mudarem as respectivas sedes para onde lhes dá mais jeito, ignorando, a bel-prazer, as geografias em que operam e ganham dinheiro. Tudo isto sem falar dos famigerados paraísos fiscais, que continuarão a existir...
Mesmo na convicção de que estas questões sejam resolvidas a contento das populações, fica ainda a dúvida sobre a anuência dos países do G20 a tão promissoras intenções. E fica, também, a esperança de que não venhamos a assistir a recorrentes episódios dilatórios como os que assistimos relativamente à “bazuca”, na UE, onde, aparentemente, ninguém sabe do paradeiro da espoleta.
Realmente, esse truque de chico-espertice que consiste em pôr o ramo num lado e vender o vinho no outro é uma triste metáfora do que vem sendo esta "União" Europeia...
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