A Lotaria do Património Cultural é uma pomposa designação
para baptizar uma nova raspadinha, que visa dar dinheiro para
reabilitação do património e sua preservação(!). Já não basta
estarmos carregados de taxas e impostos. As raspadinhas,
maioritariamente, são rapidinhas para rasgar «dinheiro» para
o lixo, que é o que vejo há anos quando vou comprar jornais.
Esmagadoramente, não têm prémio e, quando os há, são míseros
euros logo transformados em jogo. É gente abastada que joga? Não! São extractos sociais baixos que apostam compulsiva e descontroladamente viciados e adictos ao jogo. Isto é uma patologia e chama-se, ludopatia.
O governo não é sério quando diz querer «combater a pobreza»,
fomentando ainda mais o empobrecimento dos pobres... A Santa Casa da Misericórdia detém a exclusividade destes jogos de muito pouca sorte e azar. Os seus dirigente chamam-lhes «jogos sociais»(!). É indigno, censurável e lastimável que o Estado promova a exploração dos pobres, os que mais apostam, para
serem eles a financiar outros pobres e carenciados... Isto prefigura um crime contra os mais precisados da sociedade?! Há vidas destruídas pelo jogo! Tendo o patrocínio da Casa da Misericórdia, Santa que neste caso santa não é!
Com a agravante do seu provedor ser o Coordenador da Comissão de Estratégia de Luta contra a Pobreza(!). Luta? Não! As raspadinhas acentuam ainda mais o flagelo da pobreza!, que dizem defender.
Vítor Colaço Santos
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