COVID, A GRANDE PARÓDIA

Esta coisa da Covid, da pandemia, já não é para levar a sério, não é verdade? E nem precisamos recuar sequer aos famigerados festejos do Sporting nem ao regabofe dos ingleses futeboleiros no Porto.

Se não vejamos: faz domingo 15 dias, os senhores negacionistas que já por diversas vezes se tinham manifestado, desta vez, tiveram honras de serem escoltados pela PSP e de terem à sua disposição a mais importante avenida da capital, logo, do país, a da Liberdade, do Marquês aos Restauradores. Dando-se ao luxo até de apelarem à insubordinação dos atónitos transeuntes: “ Tira a máscara! Tira a máscara!”. Tal como eles marcharam, sem máscara e sem distanciamento.

Tudo, evidentemente, autorizado pela CML. Com certeza, com conhecimento do Governo.

Depois, dizer que os comboios suburbanos assim como os do Metro, voltaram a andar à cunha com a agravante dos do Metro, aos fins-de-semana, mas também já com muita gente, terem apenas metade das carruagens.

Depois são as praias! A semana passada, principalmente no dia 10, feriado, estavam quase a abarrotar. O quase, era os espaços para se jogar à bola. De maneira que, pelo menos as da Costa da Caparica, pareciam enormes campos de futebol. Estão a ver o tal espaço sanitário preconizado pela DGS, não estão? Claro que não estão!

E apenas com 1/3 da população vacinada só com a primeira vacina.

Portanto, meus amigos, digam lá se esta coisa da Covid (a galgar de novo, sobretudo na região da grande Lisboa) é para levar a sério, ou se não será antes uma grande paródia?

O pior, é o preço!

Francisco Ramalho

PS- A sério, é a boa notícia do desfecho do estranho caso do desaparecimento do menino encontrado a 4 quilómetros, em linha reta, de casa, e que poderá ter percorrido 10.

Valha-nos ao menos isso.