Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
F I G O (fruta 3)
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
AFEGANISTÃO: UMA CATASTRÓFICA SINA PARA PAÍSES OCIDENTAIS
Orivaldo Jorge de Araújo
Goiânia-Goiás-Brasil, em 27/08/21
GRAVURA PUBLICADA NO JORNAL “O POPULAR”, DE
GOIÂNIA-GOIÁS-BRASIL, NO DIA 25/08/21 DE AUTORIA DE JORGE BRAGA.
Existe um velho ditado, “quem
planta chuva colhe tempestade”; nesta esteira os Estados Unidos e aliados,
responsáveis pela desestabilização do Afeganistão, certamente receberão as consequências
de suas nefastas atuações na região. Estes países deveriam serem obrigados a
receberem os refugiados, na proporção de seus envolvimentos nesta longa guerra
de ocupação do solo afegão.
Para o primarismo tribal deste
pais asiático, os Talibãs, ainda são um mal necessário. A cultura de cada país
ou bem ou mal deve ser respeitada. O enquadramento desta inóspita e indomável
nação de berço do terrorismo, é muito explicável pela própria história, pois,
por séculos, todo império dominante sempre considerou terroristas aqueles que se insurjam contra a
sua dominação, seja ela de cunho militar, econômica ou religiosa.
Os germanos, ibéricos, francos,
entre outros povos, que hoje constituem a moderna Europa, foram tidos como
terroristas (bárbaros ou vândalos na época) pelo dominante império romano; os
húngaros eram os considerados terroristas pelo império austríaco; os judeus
eram os terroristas para os nazistas; hoje os palestinos são os terroristas
para os judeus. GUARDANDO AS DEVIDAS PROPORÇÕES, OS JUDEUS FAZEM COM OS
PALESTINOS O QUE ALEMÃES FIZERAM COM ELES, e assim por diante.
Agora com este trágico atentado
em Cabul, ficou evidente que os Talibãs, agora no poder, já têm seus próprios terroristas,
“Estado Islâmico-K ou ISIS-K”.
Para os países ocidentais que já consideram os
Talibãs como terroristas e diante dos fatos aumentaram as preocupações, pois,
terroristas de terroristas, significa terroristas ao quadrado (T²), que pela
lógica, não será de fácil combate.
quinta-feira, 26 de agosto de 2021
Solidariedade para com os afegãos
Com a tomada do poder no Afeganistão por parte dos
A CULPA É DO CABRAL!?
Orivaldo Jorge de Araújo
Goiânia, 26/08/21
Estátua do navegador português Pedro Álvares Cabral,
comandante da esquadra que encontrou o Brasil, por mero capricho do vento, foi
incendiada e grafitada na madrugada desta terça-feira (25/08/21), no Rio de
Janeiro, num protesto contra um projeto de lei (PL 490) que tramita no
congresso, com constitucionalidade avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
que retira direitos dos povos indígenas.
O Brasil primitivo era habitado por
mais 300 povos de diferentes etnias falando cerca de quase 200 línguas
distintas, vivam em guerras quase permanentes, dizimando-se uns aos outros. Na
grande maioria, a causa dessas desavenças era a falta de entendimento das
respectivas línguas, hoje todas as etnias que ainda restam têm uma língua
comum, o idioma do colonizador português, embora num formato muito rudimentar.
Todos os acontecimentos no mundo têm
seus aspectos positivos e negativos; a colonização portuguesa tende mais para o
lado positivo, embora eu tenha muito respeito por quem pensa ao contrário.
Nós brasileiros somos em grande parte
portugueses ou descendentes e, como tal, carregamos, para o bem e para o mal,
as características dessa cultura que nos constituiu e nos formou enquanto
civilização e nos permitiu uma unidade que historicamente parecia ser
impossível. Criticar Portugal é nos criticar e vice-versa.
120 anos de BENTO DE JESUS CARAÇA
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
25 DE AGOSTO—DIA DO SOLDADO: LEMBRANÇA DE CIDADÃOS DO ESTADO DE GOIÁS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. PRESENÇA HEROICA DE UM DIPLOMATA PORTUGUÊS -77 ANOS.
Nada mais oportuno do que nesta data lembrar a presença de goianos no transcorrer da segunda grande guerra. Tão logo o Brasil entrou no conflito, a partir de julho de 1944, muitos goianos, especialmente os radicados em Catalão e Goiandira, alguns já reservistas e outros ainda prestando o serviço militar no 6º BC em Ipameri, foram transferidos para várias cidades do Estado de São Paulo, onde, a qualquer momento, poderiam ser convocados ao porto de Santos para incorporação à Força Expedicionária Brasileira (FEB) e seguirem com destino à Itália.
Os de Goiandira eram cinco: Irapuan Victor Rodrigues (Niquiita), Pedro Crisóstomo (Pedro Diária), Dário Martins Teixeira Filho (Darico), Geraldo Porto Tristão e Elias Gabriel Thomé. Somente Elias foi para Santos, mas devido a um problema dentário não recebeu ordem de embarque. Entretanto, posteriormente, como todos os que estiveram na iminência de seguir para o front, foi considerado combatente.
Pedro permaneceu em Pindamonhangaba, Darico foi para ilha de Fernando de Noranha e Geraldo ficou em Bauru, onde, mais tarde, depois de dar baixa, se casou. Niquita continuou na capital paulista, no bairro Ibirapuera e se tornou ordenança do comandante da corporação.
Entre os 17 de Catalão estava João Kotinic, que morou em Goiandira, e o bravo soldado Aldemar Ferrugem, morto heroicamente em batalha na Itália. Numa justa homenagem à sua pessoa, o Rotary Clube ergueu um monumento em Catalão, onde há também uma rua com seu nome, o mesmo acontecendo no bairro Campinas, em Goiânia, com a nova denominação dada à antiga avenida Paraíba.
Naquela época, o soldado engajado, ou seja, aquele que não era mais recruta por ter permanecido no Exército após o decurso do prazo do serviço militar obrigatório, recebia um soldo maior, que poderia ser majorado, caso optasse para ficar desarranchado, isto é, tomando refeições fora do quartel. Niquita, que já era cabo, adotou esta opção, por achá-la mais vantajosa, tanto financeiramente como pela qualidade da refeição. Isso, não obstante, foi convidado pelo comandante a tomar suas refeições na cantina dos oficiais. Agradeceu, porém, o honroso convite, dizendo que poderia aceitá-lo um dia ou outro, mas não diariamente, porque não seria justo nem legal, como desarranchado, desfrutar do privilégio. Com isto, a admiração do oficial pelo seu honestíssimo ordenança aumentou consideravelmente.
Como grande craque de futebol, fez parte do plantel de aspirantes do famoso Palmeiras. Ele atuava como centro-médio (posição do futebol antigo). Era hábil para dar uma traiçoeira cabeceada com a nuca, que surpreendia os adversários, sobretudo o goleiro.
Depois de deixar o ofício militar, ingressou-se na Rede Ferroviária Federal e trabalhou muito tempo na estação de Goiandira. Mais tarde, já aposentado, faleceu em São Paulo, onde foi sepultado, embora fosse de seu desejo que isso acontecesse em Goiandira. Tempos depois, foi exumado e remetido a esta cidade, numa pequena urna, via ferroviária. Causou um certo espanto, quando funcionários dos Correios receberam um telegrama endereçado a um familiar do falecido, com os seguintes dizeres: SEGUE O NIQUITA NA ESTRADA DE FERRO.
O saudoso diplomata português Aristides de Sousa Mendes, que trabalhou no Brasil, era, durante a segunda grande guerra, cônsul em Bordéus, na França, onde, contrariando ordens do governo de Salazar, praticou o grande heroísmo de dar visto em passaporte de judeus para deixarem o país, livrando-os de cair nas garras dos nazistas, e assim fez jus ao conhecido ditado judaico que diz: “Quem salva uma vida, salva a humanidade".
Dois filhos deste ilustre diplomata participaram do célebre desembarque das forças aliadas nas praias da Normandia (06/junho/1944—o famoso “Dia D"), que, dando início à libertação da França, marcou o começo do fim da tirania do Terceiro Reich.
terça-feira, 24 de agosto de 2021
Talibans há muitos
O chamado “mundo livre” (que nunca saberemos se será assim tão livre) tem a obrigação de fazer todos os possíveis para impedir que os taliban deste mundo, escudados na sua imaginária superioridade moral, armados até aos dentes, para já só de “boas intenções”, nos venham impor normas que não queremos, não porque somos irresponsáveis, mas sim porque somos e queremos ser livres. Custa a entender que, conhecida a história da Humanidade, com exemplos claros do desfecho de tais intenções, ainda haja quem deseje, no seu íntimo, pôr-nos a “pata em cima”, numa demonstração de pureza ideológica que não se afasta dos seus sacrossantos princípios, numa interpretação da Moral que é só deles, porque a dos outros não é genuína. O objectivo declarado é sempre o mesmo: construir uma sociedade perfeita, seja pela eugenia, seja pelas regras comportamentais. Em tempos de pandemia, imagino que gostariam de limitar todas as nossas liberdades individuais. Pois podem começar pelas suas, exercendo o legítimo direito de se isolarem dos outros, evitando assim aquilo que fabulizam ser o “regabofe” que é a nossa vida quotidiana. Bom proveito.
Público - 30.08.2021
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
A Justiça não está cá...
Há um número significativo de indivíduos
domingo, 22 de agosto de 2021
<< A HISTÓRIA TESTEMUNHANDO O PASSADO>>
Orivaldo Jorge de Araújo
Goiânia-Goiás-Brasil, em 22/08/2021
< UM
TRIBUTO AO JUSCELINO KUBITSCHEK [1902-1976] —JK>
UMA FUNESTA
LEMBRANÇA DOS 45 ANOS DA TRÁGICA MORTE, DESSE FILHO DE MINAS GERAIS (MINEIRO) A
QUEM O BRASIL TANTO DEVE, POR ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO OCORRIDO EM 22/08/1976
A MUSICA ESCOLHIDA, “SAUDADE DE JK”, DE AUTORIA DE MOACIR FRANCO, CANTADA PELO “CORO DOS SERESTEIROS AMIGOS DE JK”,
SOB O COMANDO DO MAESTRO MARCELO FERREIRA.
sábado, 21 de agosto de 2021
TEMPOS IDOS E NÃO VIVIDOS
Orivaldo Jorge de
Araújo
Goiânia, 21/08/21
VÍDEO: “TEMA DE LARA”
FILME: DR. JIVAGO
Quando se ouve uma música romântica advinda
de um longínquo passado, de uma época em que as canções, além da sonoridade possuíam
poéticas composições, tem que se ater a uma realidade, que para muitos chega a
doer. São lembranças de algo que não se teve e que nunca se terá, mas que estão
esculpidas com marcas indeléveis na linha do tempo, que não se apagam nem com a
natural erosão dos neurônios no decorrer de nosso espaço existencial,
Espaço esse, que
no mesmo momento em que vai sendo consumido pelas beiradas, na ação deletéria
do tempo, no que resta, vai sendo recheado de saudades, que de tantas, se torna
difícil de priorizar, entre várias, aquela de que não se quer esquecer.
Não restando
dúvidas de que estas melodias não têm mais espaço em uma sociedade embrutecida por
divergências de toda ordem, dominada pelo tenebroso fanatismo, que só enxerga
erros nos adversários e acertos naqueles que apoiam.
Pelo meu apreço
por essas canções, sou enquadrado, com muito orgulho, como saudosista, pois
elas sempre serviram e ainda servem como bálsamo para minhas “dores de
cotovelos” advindas de decepções amorosas.
Para finalizar
quero lembrar aquele velho e conhecido adágio popular: “quem saudade não tem é
porque nunca quis bem”.
C e r e j a (fruta 2)
N ê s p e r a (fruta 1)
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
O CÚMULO DO CINISMO
Quem é que desconhece o rol imenso de ingerências diretas ou indiretas dos EUA, um pouco por todo o mundo? Invasões, embargos, boicotes, chantagens, etc.
Alguns exemplos; Vietname, Coreia, Jugoslávia, Afeganistão, Chile, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Iraque, Líbia, Síria.
Quem é que desconhece a destruição e os crimes hediondos que estes “cavalheiros” têm cometido com o objetivo de domínio global? Mesmo descontando as bombas atómicas usadas no Japão no contexto da 2ª Guerra mundial,embora não deixando de ser um monstruoso crime, porque a Alemanha já se tinha rendido e o Japão ia fazer o mesmo. No Vietname, queimaram florestas inteiras com bombas de napalm e cometeram atrocidades como o massacre de My Lai, onde foram assassinadas, a sangue frio, cerca de 500 pessoas ( a foto que ilustra o texto, foi tirada pelo soldado Ronald Haeberle da Companhia Charlie, são sobretudo mulheres e crianças. Foi publicada na imprensa internacional e chocou o mundo). Mesmo assim, saíram com o rabo entre as pernas, escorraçados por aquele martirizado mas heroico povo.
No Iraque, usaram bombas de urânio empobrecido, cujos efeitos ainda se fazem sentir. No Chile, através da CIA, colaboraram no golpe que assassinou o Presidente Eleito Salvador Allende e causou um banho de sangue. E apoiaram toda a escumalha criminosa e fanática; os Talibãs, a Al Qaeda, o Estado Islâmico, etc.
E vem agora, o senhor Joe Biden, depois de participarem na queda do Governo revolucionário do Afeganistão, depois de 20 anos de ocupação, de centenas de milhar de mortos e de entregarem o país aos seus antigos aliados, os fanáticos Talibãs, dizer, candidamente: “ É direito e responsabilidade exclusiva do povo afegão decidir do seu futuro e como querem administrar o seu país. Cabe ao povo do Afeganistão decidir que governo quer, não a nós impor-lhes um governo”
Evidentemente que isto se aplica, não só ao povo afegão, como a todos os dos países acima citados.
Mas com o comportamento do senhor Biden, que já tinha participado em governos anteriores do seu país, que até já exigiu maior comparticipação dos Estados membros da NATO que ele comanda, tais declarações, não serão o cúmulo do cinismo?
Francisco Ramalho
PS- Agora uma coisa digna e boa. lembrar aos amigos/as que começa logo às 21.30 horas, na Expocorroios, uma grande iniciativa da Junta de Freguesia de Corroios, O Agosto Cultural com V Noite de Fados Emídio Leitão.
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
Isto não é um… elogio da censura
As pandemias, os incêndios, as alterações climáticas, as crises económicas e financeiras, tudo serve para atear os fogos que muitos desejam para queimar os valores mais altos da democracia. Nos incitamentos à “ordem” (não se incluem aqui os criativos títulos do Miguel Esteves Cardoso, como o do seu “Ainda ontem”, no PÚBLICO de quarta-feira), alguns gostariam de estabelecer um estado autocrático e autoritário, onde cada um de nós, transformado em títere acéfalo, mas sempre um potencial criminoso, se movimente bem enquadrado no “livro de instruções” que um qualquer iluminado há-de escrever. Basta que tenha a força sufragada pelas massas e a queira utilizar, como fez Hitler. É assim, com lancinantes insinuações de que democracia é “desordem”, que os populistas deste mundo nos querem ludibriar. Que os veículos decentes de transmissão de ideias não contribuam para essa proliferação, é o que se deseja. Já bastam as incontroláveis redes sociais.