MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA UM PRIMEIRO MINISTRO
No ponto em que vai esta “procissão” já vai é possível tirar algumas ilações. E a primeira é muito simples: o PM aplicou a si próprio um rigor demissionário que não quis infligir aos membros do seu governo que, por qualquer motivo, deixaram de ser impolutos aos olhos dos portugueses. E reparem que não digo oposição, porque essa faz o seu papel dramatizando tudo, às vezes de forma ridícula. Porque um PM pode pedir um certificado de registo criminal à entrada da porta do governo mas não está na sua mão controlar as asneiras que cada um faz depois. Mas pode atalha-las de forma rigorosa quando delas tem conhecimento. Até pode despedir um membro do governo impoluto por se ter revelado uma má escolha, qual é o drama? Porque os portugueses de bom senso preferem sempre a estabilidade parlamentar, que lhes foi inopinadamente tirada numa série de precipitações, tanto do PM como do PR, cujo legado, para além das “selfies”, será sem dúvida, o ter conseguido dissolver uma AR com uma maioria parlamentar unipartidária a meio da legislatura.
O que estamos a viver parece-me a demonstração clara de que estamos longe de ser uma democracia consolidada...
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