Longe de mim a ideia de que a actual crise política em Portugal não seja importante. Pode vir a constituir uma ameaça sem precedentes à nossa democracia e, de momento, ninguém sabe com que nos vamos deparar no final do imbróglio. O curioso é que tudo acontece numa altura em que as contas estão “certinhas”, o “deficezinho” orçamental foi milagrosamente transformado em “superavit”, e o rácio da dívida relativamente ao PIB se encontra, “coitadinho”, em queda desamparada. Não obstante, a crise é profunda, o que vem dar carradas de razão a Jorge Sampaio quando considerava que “há mais vida para além do Orçamento”.
Se a gravidade da situação é suficiente para, na comunicação social em geral, obnubilar profundos problemas mundiais como as guerras que se vão metralhando, esse é outro ponto de discussão. O facto é que as mortandades da Ucrânia e de Gaza quase desapareceram dos radares mediáticos, embora as bombas continuem impavidamente a cair nas cabeças de milhares de inocentes. E isto sim, isto são desgraças.
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