segunda-feira, 11 de junho de 2018

Espanha melhor, Itália pior

Já valeu a pena que Mariano Rajoy tenha sido corrido do governo espanhol, dando lugar a quem cultiva um pensamento que, seguramente, não será o dele. É o que pensarão muitos, sobretudo os 629 migrantes e refugiados a bordo do “Aquarius”, empurrados para a morte por um governante italiano, Salvini, que não precisou de muito tempo nas funções para mostrar na prática quem é. Que bom seria se este tipo de gente tão pressurosa em “defender” uma civilização, que apelidam de cristã e ocidental, lesse Frei Bento Domingues que, no Público de domingo passado, “só” escreveu isto: “o cristianismo só tem um limite: a exclusão do outro, religioso ou não”. E “(…)ser irmão é a vocação de todo o ser humano”. Se aprendessem estas “pequenas” coisas que lhes deveriam ter chegado através do leite materno, talvez o mundo fosse um pouco melhor.

Público - 13.06.2018

2 comentários:

  1. Muito bom o seu texto, trazendo à colação o dito por Frei Bento Domingues. Só não sei se não estará a ser muito injusto com Mariano Rajoy, pois nada me diz que o governo a que presidia não teria a mesma postura humanitária com aqueles imigrantes. Quanto ao italiano, ele tinha dito que se tinha acabado o "recreio"... e acho que não há que não há leite que valha... é mesmo um fascista!

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    1. Não me sinto injusto com Rajoy. A sua (dele) posição tecnocrática de sempre (como a de outros que bem conhecemos…) faz-me supor, porventura errada e apressadamente, de que tudo procuraria para justificar uma fuga à questão fundamental, a humanitária. Até podia acontecer que o seu governo tomasse medida semelhante. Mas, com toda a sinceridade, não acredito, mesmo que outros governos europeus, de forma mais ou menos hipócrita, o tentassem empurrar para isso.
      Quanto ao italiano, estamos conversados, o Fernando disse tudo.

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