quinta-feira, 29 de novembro de 2018

ACERCA DAS POLICIAS (OU DA NÃO EXISTÊNCIA DAS MESMAS...)

   Desde há alguns anos a esta parte que tenho verificado um "desaparecimento" gradual dos agentes de autoridade das ruas da cidade onde resido, o Porto. Quando falo em agentes de autoridade, refiro-me à Policia de Segurança Pública e à Policia Municipal do Porto, entidades responsáveis por zelar pela segurança dos cidadãos, dos seus bens e do erário publico em geral.
   Importa referir que a atribuição de competências entre estas duas forças de segurança foi dúbia durante o processo de transição de resposabilidade para as autarquias, no entanto a segurança dos cidadãos não podia ser posta em causa, ou pelo menos não deveria ser posta em causa!
   O que eu verifico hoje em dia é: ao passear pela baixa da cidade não encontro um único agente da autoridade apeado; ao circular de carro na cidade em hora de ponta não encontro um único agente da autoridade a regular o trânsito; ao passar por zonas susceptiveis de assalto ou violência não vejo um único agente da autoridade a fazer ronda...
   Por outro lado verifico que: encontro agentes da autoridade parados dias inteiros junto de pequenas obras para passar cabo subterrâneo ou abrir pequenas valas (o regulamento municipal, oportunamente, assim o exije...) muitas vezes com viatura que também se encontra parada o dia inteiro; quando a cidade é visitada por alguém importante, tipo presidente da républica ou chefes de estado estrangeiros, os policias aparecem de todo o lado para mandar parar o trânsito ou fazer guardas de honra inusitadas; os estabelecimentos que receiam males maiores pagam a um agente da autoridade para fazer guarda exclusiva ao estabelecimento, quando esssa segurança deveria ser assegurada naturalmente; a segurança policial feita na zona de divertimento noturno na baixa da cidade é paga pelos comerciantes da zona quando a mesma deveria ser assegurada naturalmente; verifico um movimento constante de viaturas de ambas as Policias de um lado para o outro da cidade a fazer não sei bem o quê; a frota de viaturas da Policial Municipal do Porto raramente excede os dois anos de matricula...!!!
   A minha pergunta é: Onde vão parar os nossos impostos? É para isto que, todos os meses, somos selvaticamente assaltados na nossa folha de vencimento?
   Bem sei, somos um país pacifico e mais não sei o quê...mas isso é para inglês ver! Nós, cidadãos residentes e contribuintes, temos o direito de exigir que a nossa segurança não seja posta em causa a cada dia que passa a troco de forças de autoridade que apenas estão disponiveis para serviços pagos e convenientes. É que fazer ronda a pé sem ganhar por fora, cansa...
   Nota final: Há algum tempo, escrevi artigo de conteudo semelhante, por via eletrónica, para um jornal diário da cidade do Porto, que não o publicou. Porquê?

Jorge Gameiro

3 comentários:

  1. Caro Francisco Ramalho,
    Caso não tenha reparado, refiro que escrevi um artigo de conteúdo semelhante e não de extensão semelhante!
    De qualquer das formas agradeço a atenção que dedicou a estas linhas.

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  2. Também eu agradeço a rectificação oportuna do novel companheiro, Jorge Gameiro.

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