quarta-feira, 21 de novembro de 2018

CRIMES DE CÃES DE GUERRA E SEUS DONOS




Recuperamos uma notícia que passou aí como cão por vinha vindimada, como se fosse a coisa mais banal deste mundo, quando se trata afinal, de um cortejo de horrores, de crimes contra a humanidade. Seria por acaso? Referimo-nos à macabra descoberta das mais de 200 valas comuns com cerca de 12000 corpos no Iraque. E que, segundo a ONU, haverá muitas mais. Ainda conforme esta organização, os autores foram elementos do autodenominado Estado Islâmico (Daesh). Convém lembrar que tal como os seus congéneres Talibãs, apoiados, utilizados, no Afeganistão para derrubar o Governo revolucionário de Najibullah que tentava arrancar o seu povo ao analfabetismo, ao quase feudalismo e ao obscurantismo medieval, também os fanáticos assassinos do Daesh, foram usados pelos mesmos, como cães de guerra, para substituir o Governo de Afez al Assad na Síria. Mas, desta vez, apesar de toda a destruição causada, dos milhares de mortos e feridos e dos milhões de refugiados, deram com os burrinhos na água e não conseguiram abocanhar tão tentadora presa. Por isso, Trump, reitera e reforça o embargo ao Irão, apoiante de Damasco. E, no seguimento do seu antecessor, com a sua NATO, prossegue o cerco à Rússia, cujo apoio à Síria, foi determinante. A Síria, que lhes está atravessada na garganta!
Eis porque há notícias que passam tão despercebidas! Pela dimensão e importância, Só mais esta: do massacre do Iémen, também pouco se tem ouvido falar! Porquê? Ora porquê! Quem é que o perpetra? Quem é que também tem apoiado o Daesh? Quem é o aliado e principal cliente de armas dos mesmos? Do império?
Portanto, como diz o outro, isto anda tudo ligado! E dizemos nós, para se tentar o old american dream da hegemonia global ,não se olha a meios. Mesmo aos mais sujos e criminosos.
Francisco Ramalho
Corroios, 17 de Novembro de 2018

Publicado ontem, dia 20, no jornal "O SETUBALENSE"


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