quinta-feira, 8 de novembro de 2018

António Aleixo é que sabia


Quando se embebeda o pobre, ele é bem capaz de cometer actos pouco abonatórios. Por exemplo, falsificar o livro de ponto na sua empresa ou, até, fazer gazeta/greve. Em resposta, o patrão diz(em) olha o borrachão, e, com toda a certeza, não lhe pagará a soldada do(s) dia(s). Fica então o meliante à espera para ver quando se emborracha o rico, que é como quem diz, um trabalhador de elite, tipo deputado ou juiz, que não descarta o direito de provocar uma “pequena questiúncula” no Partido ou de participar numa grevezita corporativa. Admira-se, depois, por lhe terem chamado borrachão, exactamente por sofrer dos mesmos males que acometeram o deputado e o juiz, a quem todos acham graça ao figurão.

Lidos na sequência correcta, que italicamente se respeitou, os versos das quadras de António Aleixo acertam quase sempre no alvo. Como o demonstram José Silvano e os juízes grevistas que, se fossem pobres, não tinham graça nenhuma, e até lhes chamavam “borrachões”, meliantes ou coisas piores.


2 comentários:

  1. Aproveito este seu texto para colocar uma questão que há tempos me ocorre: lembro-me de há muitos anos haver um árbitro de futebol, cujas falcatruas geraram polémicas que, se bem me recordo, se chamava José Silvano; a minha dúvida é se será apenas um homónimo ou é o mesmo figurão...

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  2. Não lhe sei responder. Há muitas "marias" na terra e, como é bom de ver, os trafulhas ainda são mais.

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