O editorial do PÚBLICO de hoje - subordinado ao tema «E se funcionarem, as turmas homogéneas?» e com referência a um projeto-piloto levado a cabo na Madeira (onde foram formadas turmas de acordo com o histórico de desempenho académico) -, termina desta forma: “O importante é a felicidade e o futuro das crianças”.
Não consigo avaliar da pertinência desse projeto. Espero que não estigmatize, nem discrimine…
O que eu pretendo sublinhar é o seguinte: a escola tem-se vindo a esquecer do mais importante e não aprende, não memoriza, não decora, de uma vez por todas, este princípio fundamental: a felicidade dos alunos.
Agora que entramos em férias escolares será o tempo para refletir sobre como melhorar o nosso ensino, as nossas aulas e a nossa escola, evitando o abandono e diminuindo o insucesso escolar.
Uma escola que lute contra a cultura do medo (do fracasso, do sucesso a todo a custo, da competição e da comparação, alimentados pela nossa sociedade). È para a alegria, para uma "didática da alegria" que deve a escola trabalhar. Fala-se hoje (e há já quem aplique) em algo como a Neurodidática. Irá surgir uma nova profissão no século XXI: os neuroeducadores, como defende Francisco Mora, autor de Neuroeducacion (solo se puede aprender aquello que se ama). Hoje, a neurociência propõe uma mudança na metodologia de ensino, requerendo-se uma maior participação do aluno e o trabalho colaborativo. Conhecer como funciona o cérebro é importante para aprender e ensinar.
Espero que este livro seja muito brevemente editado em português e que seja debatido nas salas de professores e reuniões de professores e diretores de agrupamento. É urgente fazer com que os nossos filhos gostem da escola não só porque vão encontrar os seus amigos, mas porque vão descobrir mais sobre si mesmos e sobre as suas preferências pessoais que possam definir as suas escolhas no futuro!
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