O tal jogo
Joaquim A. Moura
Et voilá! tudo se passou em França e na cidade de Lyon. Três países que têm em comum o terem sido ocupados por Romanos. Reunidos no Stade de Lyon, só dois porém é que se confrontaram para vencer e dessa luta nesta Era mais que Moderna, entre filhos de Viriato e Celtas, habitantes de um território fundado no século I a.c. Dois povos que foram ocupados mas que se desenvencilharam do ocupante através do sangue, suor, lágrimas e heroicidade, pois claro. Tanto Lusos como os teimosos e irredutíveis Celtas, resistentes desde Magno Máximo, cristãos valorosos que ousam falar a língua galesa só para nos confundir, mesmo tendo sido derrotados pelo Rei Eduardo I de Inglaterra, voltam a sentir o sabor da derrota. Porém no palco que já foi Stade de Garland, e aonde Portugal já tinha sido em menos de um mês feliz contra húngaros que regressaram a casa mais cedo entre lamentos e lágrimas, os novos “ocupantes” agora chamados de Emigrantes e não Romanos, que ali trabalham e labutam, puderam encher a alma de alegria e de orgulho, e erguerem ao mesmo tempo a bandeira do seu país e fazer do Hino a sua Oração, que os vai levar a S. Denis, com a vitória por 2-0, que preenche mais um capítulo da história deste povo que se espalha e que se junta nos momentos em que a pátria os chama. A diáspora lusa reunida e a uma só voz sai consolada de Lyon, e pronta para o próximo desafio que em Paris acontecerá com uma imprevisibilidade igual ou parecida com a que nos tocou até hoje e desde que começou este Campeonato Europeu. Vitória justa e desta vez merecida e a contrariar todos os pessimismos que é coisa também que nos invade demasiadas vezes. Umas com e outras sem razão, afinal. Domingo logo o saberemos, seja qual for o adversário!
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