Com
o falhanço do estranho golpe de Estado na Turquia, Erdogan, aperta
ainda mais a tarraxa à já musculada democracia naquele país. Fala
em repor a pena de morte, e para além dos militares insurretos,
milhares de juízes e advogados começaram a ser perseguidos e
presos. É a caça às bruxas e o silenciamento de toda a oposição.
Aliás, já vinha sendo praticada, embora de uma forma mais seletiva.
Portanto, o problema está longe de dizer respeito apenas aos
democratas e ao povo turco. A Turquia, com 74 milhões de habitantes,
uma importantíssima posição geo-estratégica e o membro da NATO
com o segundo maior exército (400.000 homens), é uma potência
regional cuja influência repercute-se no xadrez mundial. É
conhecida a sua posição dúbia em relação ao Daesh. As
facilidades logísticas que lhe concede no que respeita ao armamento
e no escoamento do petróleo e das preciosidades que aquela
organização fanática e terrorista rapina na Síria, no Iraque, na
Líbia. Tirando depois, a Turquia, dividendos com os refugiados.
Negociando o seu estacionamento e contenção com a União Europeia e
combatendo os principais opositores do terrorismo: os curdos.
Esperar-se-ia que quem manda na NATO, emendá-se a mão a Erdogan.
Mas, se até um país com um governo fascista, o nosso, foi seu
fundador… O que se espera, sim, é que os democratas turcos, com a
solidariedade e apoio dos de todo o mundo, lutem pela democracia para
bem do seu país e do mundo.
Francisco
Ramalho
Corroios,
17 de Julho de 2016
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