No dia da nossa vitória, 10 de julho, um novo Dia de Portugal, a Torre Eiffel não se iluminou com as cores verde e vermelho como se esperava, e como a organização do Euro 2016 nos havia habituado em jogos anteriores. Um mau perder, uma dor de cotovelo, uma incoerência. Não esperavam que fosse Portugal a ganhar.
Poucos dias depois, ainda irritados com esta falta de elegância e educação e um gesto de muito mau gosto da França, soubemos do escandaloso preço que os franceses têm que pagar ao barbeiro do seu presidente. Num país com 10% de desemprego e onde o salário médio anda à volta dos mil e quatrocentos euros, Hollande paga quase dez mil a um homem, disponível 24 horas sobre 24 horas como se de um médico de serviço se tratasse, para aparar as suas suíças e manter um cabelo tão desinteressante e pouco vigoroso , como genialmente Fernando Alves fez notar hoje na TSF.
Não pode o presidente francês parecer o que é? Um homem cujo cabelo se pode despentear como o resto dos mortais que trabalham e que se mexem e que têm mais em que pensar? Parece que o cabelo se arranja sempre que o presidente discursa, todas as manhãs e em todas as ocasiões. O pobre barbeiro até falhou ao nascimento do seu filho para acudir ao cabelo sem graça do chefe de estado do seu país.
Já não vive a França, nem nenhum outro país, no tempo de Luís XIV, venerado e modelo a seguir por muitos reis da Europa e não só.
Vivemos outros tempos. Mas ainda os mesmos da fome de milhares de trabalhadores que viveram o inferno e muitos morreram nos jardins de Versalhes no século das Luzes ...
Hoje ainda temos 800 milhões de pessoas que não comem o suficiente. O argentino Martín Caparrós, que em Maio foi entrevistado pelo jornalista Paulo Moura (PÙBLICO ) acredita que a fome zero é possível. Conta a história de uma mulher do Níger , Aisha, a quem perguntou , inocentemente como qualquer ocidental, se ela comia milho miúdo todos os dias. Ela respondeu-lhe que só quando podia. O jornalista e autor de A Fome perguntou-lhe ainda o que pediria a um mágico que porventura pudesse dar-lhe tudo o que desejasse. A pobre mulher pedia duas vacas...
SEGUNDO o leitor P. Ribeiro eu cometi um erro no 1º parágrafo. Ele explica o seguinte: "nós portugueses com os festejos esquecemo-nos de enviar msm para a hashtag! Quero dizer com isto, que as cores apareceram diariamente na Torre Eiffel do Pais que enviasse mais Hashtags e não por terem ganhado". Aqui fica o meu obrigada pelo esclarecimento.
ResponderEliminarCompreendo-o, mas como 'nem só de pão vive o homem', talvez com algum no estômago melhor compreenda o que o semelhante sente, se a cultura também o acompanhe.
ResponderEliminarO sr. Hollande também desenvolve um feroz ataque a direitos e salários dos trabalhadores franceses, mesmo contra a opinião de muitos deputados do PS francês, o que o levou a invocar a disposição constitucional que permite ao governo fugir à votação no parlamento, apesar de antes de ser presidente ter dito que nunca o faria, ao criticar o seu antecessor Sarkozy por o ter feito. Estas medidas contra os trabalhadores franceses também justificam a frase de Juncker, presidente da Comissão Europeia, «la France, c"est la France...», a propósito de não existir qualquer processo de sanções por também ter ultrapassado o défice dos 3%... Hollande e o 1.º ministro Valls, com a sua política de direita, estão a contribuir para mais um contínuo declínio do PS francês.
ResponderEliminarO sr. Hollande também desenvolve um feroz ataque a direitos e salários dos trabalhadores franceses, mesmo contra a opinião de muitos deputados do PS francês, o que o levou a invocar a disposição constitucional que permite ao governo fugir à votação no parlamento, apesar de antes de ser presidente ter dito que nunca o faria, ao criticar o seu antecessor Sarkozy por o ter feito. Estas medidas contra os trabalhadores franceses também justificam a frase de Juncker, presidente da Comissão Europeia, «la France, c"est la France...», a propósito de não existir qualquer processo de sanções por também ter ultrapassado o défice dos 3%... Hollande e o 1.º ministro Valls, com a sua política de direita, estão a contribuir para mais um contínuo declínio do PS francês.
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