No seu espaço habitual no JN, o deputado europeu Nuno Melo escreve.
Escreve e quase sempre esforça-se por dizer alguma coisa. O destaque que aquele
diário do Porto lhe concede, demonstra a generosidade da Direcção do jornal e
da gente do norte. Na sua resenha, "Portugal, que maravilha", o Nuno
conduz as palavras a seu gozo e táctica, e remata, com o registo que
transcrevemos, de modo a emocionar o leitor que lhe concede também algum tempo
de leitura - "Num simples gesto, a natureza de todo um povo. Que maravilha
ser português". E isto disse ele, após ter-se servido do exemplo de uma criança lusofrancesa, que consolou um
adepto francês adulto que chorava o seu azar de por a sua selecção de futebol
ter perdido a Final em Saint Denis contra a nossa Selecção, como nos foi dado a
ver pela têvê, ambos os acontecimentos, e que até correram o mundo. A frase
final do Nuno, essa é que não tem direito senão a ser derrotada sem direito a
consolação por parte de ninguém. É que ele bem podia ter-se lembrado de nos
recordar os feitos gloriosos do seu amigo político, Durão Barroso, e do
seu magnânimo gesto em aceitar o lugar na Goldman Sachs, após ser
rejeitado como professor(!) em Princeton nos E.U, com o mesmo despudor
com que abandonou o governo de Portugal para abocanhar o lugar de presidente da
Comissão Europeia, sem pestanejar e nem olhar para trás a ver o lixo que
deixava para outros removerem. Por outro lado, o deputado europeu e autor em "Linhas
Direitas", podia debruçar-se num têxtozinho idêntico ao agora publicado, a
analisar a obra imensa do ex-ministro desertor e implicado nas guerras do
Iraque e derivações criminosas desencadeadas, e ainda enquanto esteve à frente
da "Comissão Bruxeleante". É que assim confirmava e até nos
convencia mais facilmente de que Durão Barroso, com "tais e simples gestos
e atitudes sensíveis e saltitantes, demonstrava toda a natureza e maravilha de
ser português". O mundo aplaudia, saía à rua feliz a festejar com Nuno
Melo à frente a empunhar a bandeira nacional- Temos a certeza disso!
Também 'gosto muito' de ler as alarvidades do mencionado NM, pois nunca dá ponto sem nó. Mas como já o topo de ginjeira,já não ligo quando quer 'descer' até nós. Que se lixe. Ámen.
ResponderEliminar