sábado, 31 de dezembro de 2016

A dívida e a dúvida
Ou os responsáveis pela orientação do país (governação  a todos os níveis) andam distraídos há muito, ou são mesmo incompetentes e irresponsáveis.
Se a dívida soberana, ou seja a que está directamente integrada no sistema de contabilidade que controla o OE é de 133% e a dívida global do Estado, onde estão inseridas as dívidas das empresas públicas  e de instituições estatais que  estão comprometidas com os governos, segundo Miguel Sousa Tavares, atinge 230% do PIB, como é possível não entender que o problema da dívida é mais importante do momento. Se a dívida é duplamente superior ao PIB e o crescimento anual deste é inferior aos encargos dos juros a pagar pelos empréstimos, logicamente que a dívida, que já é impagável, vai tornar-se astronómica e, mais dia menos dia, quando os credores deixarem de confiar, fica impagável e fora do controlo.
O monstruoso problema dos juros da dívida, a pagar anualmente, e de tal forma vultuosos que para os suportar ainda nos empenhamos mais, parece ignorado ou escondido atrás de um biombo. O Governo, para se manter, tem de fazer algumas concessões ao BE e ao PC, que num rumo populista, temperado com alguma acefalia, entende que quantos menos dias se trabalhar neste país, mais riqueza social se produzirá para distribuir. Sem se aperceber das situações reais, porque estes palradores não trabalham nem conhecem os espaços onde este se realiza, espaços esses ocupados em 90 % por pequenas e médias empresas, atiram com reivindicações nem sempre de acordo com as possibilidades do pequeno patrão e dos trabalhadores. As pequenas empresas vão fechando e algumas, com grande dificuldade, vão resistindo, pois, os impostos e as taxas asfixiam o seu normal movimento. Estamos num mercado competitivo e só quem apresenta o produto ao melhor preço o consegue colocar. E, arranjem-se os estratagemas e explicações plausíveis para tudo e para nada, na cadeia de produção, é sempre o consumidor final que paga toda a factura.
As empresas que não têm monopólios que lhes garanta os preços de venda dos serviços, estando em concorrência, têm de suportar encargos que nem sempre lhes é possível encarecer no produto. Se tal suceder, entram em dificuldade e, nalguns casos, vão à falência, situações que sucedem todos os dias. Os pequenos comerciantes e artesãos, todos agora crismados de empresários, aparecem e desaparecem, como cogumelos, todos os dias e em qualquer lugar. As empresas monopolistas, de mãos dadas com os Governos, têm autoestradas para desenvolver a sua actuação e aceitam melhor as alterações de taxas e impostos, porque serão recompensadas nos réditos.
Os empregos são cada vez mais precários, porque a própria precaridade de muitas empresas a isso obriga e intenções ou leis não resolvem os problemas. Os resultados da diminuição de desempregados inscritos no INEST, não levam em conta cerca de 10.000 trabalhadores que em média emigram mensalmente.
É preciso encarar com realismo, honestidade e competência a real situação do país, onde a dívida é um, se não, o principal obstáculo ao crescimento económico. Se assim não for, andamos fardados de D. Quixote por mais algum tempo até que a realidade se sobreponha.
A dívida é dívida, não é dúvida!
Joaquim Carreira Tapadinhas, Montijo BI 9613, TM 96 235 48 23 – jcatapadinhas@gmail.co

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

.A 30 DE DEZEMBRO DE 1959 - Assinatura da adesão de Portugal à EFTA


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A 30 de Dezembro de 1959, é assinado, em Lisboa, a adesão de Portugal à EFTA – Associação Económica do Comércio Livre.


Filosofia e felicidade

O ensino da Filosofia quase foi dado por extinto. A felicidade, essa anda "na crista da onda" pois, entre estudos científicos, colagem à tecnologia e utopia de que, se a procurarmos, ela existirá omnipresente e para sempre. Bom, também se vai dizendo que sem crescimento não há economia nem equilíbrio social num mundo finito fisicamente...
Diz-se isto e muito mais, no entanto vai havendo pequenos sinais que fazem com que alguns de nós não embarquem no que acima descrevi e para isso, ligando "abusivamente" notícias,... basta abrir o PÚBLICO! Diz-nos o jornal. na passada semana, que as vagas nos cursos de licenciatura em foram Filosofia foram todas preenchidas na primeira fase de candidaturas, ao contrário dos últimos ano em que "ficavam às moscas". E diz-nos também que os adolescentes (designa-os por jovens) das "grandes notas", quando atingem a idade a maturidade e "consciência de si" (perdoe-me a utilização, António Damásio) sofrem "por dentro" mas já não irão a tempo de não serem muito mais propensos à solidariedade e muito egocêntricos (leitura livre dum estudo multinacional coordenado pela Universidade de Bergen na Noruega).
Será que, com Fernando Savater, "os filósofos não resolvem problemas, somente pensam e reflectem"? Apetece-me perguntar se a tecnologia não poderá ser o contrário, "resolver problemas sem os pensar e/ou reflectir"? Não será que os "miúdos" começam a apanhar o melhor de cada uma ? Fica.me a esperança, a boa e não a má que ficou no fundo da "caixa de Pandora" para nos azucrinar. Sou mais "filósofo" (barato) que engenheiro de sistemas mas aprecio a ecologia no tempo que vivemos e não gosto de "meninos de 20" se não tiverem "conteúdo filosófico".

Fernando Cardoso Rodrigues
( Carta enviada ao PÚBLICO, em 22/12/2016, para eventual publicação. Não a mereceu)

A DOENÇA DA ACUMULAÇÃO DE RIQUEZA

"Quem passa a sua vida a acumular riqueza está doente como um toxicodependente, deveria tratar-se". Assim fala Pepe Mujica, ex- Presidente do Uruguai. De facto, a acumulação de dinheiro e de riqueza, o passar por cima do outro para alcançar esse fim, constitui um vício que leva as pessoas a tornarem-se invejosas, mesquinhas, malvadas. No fundo, ficam doentes, cegas pela sua ambição. A sua vida não tem qualquer valor. 
Devemos dedicar o máximo de tempo da nossa vida ao que gostamos, à liberdade e aos afectos e não ficar na sofreguidão, na obrigação de "ganhar cada vez mais para consumir ainda mais", ainda Mujica. Temos de parar a corrida louca pelo dinheiro, pelo poder, pelo sucesso. A bem da vida. A bem da liberdade. A bem da nossa saúde mental.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

OS 152 ANOS COMEMORATIVOS DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS


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Para além do facto de me terem feito calar o “bico” e vetado por completo e para sempre, da página dedicada e disponível, pelo Diário de Notícias, para os leitores exporem as suas opiniões, tendo o meu último texto-opinião, que foi pela 183.º, e ter sido publicado já no longínquo dia 8/11/2015, tendo a partir desta data, sido totalmente vedado o meu acesso à referida página, provavelmente devido ao facto, de não terem gostado decerto de alguma verdade que eu tenha produzido e “quiçá” não tenham gostado e como tal não fui nada tolerado, e…zás, esse, “gajo e simplório-escriba”, para o canto já, pois fala demais, e não respeita as regras civilizadas da “boa educação, da nossa parte”. O mesmo procedimento…tal, como infelizmente, acontecia antes do 25 de Abril de 1974, "Quem não é a meu favor é contra mim", afirmava um"velho" ditador da altura...teimosamente não quero pronunciar o nome do "velho", porque me mete nojo, e como tal estou à vontade para o afirmar publicamente, pois sinto que a minha idade também me permite, ter tal ousadia(?).
Contudo, não devemos guardar rancor seja a quem for, não só porque estamos numa época de festividades, como o Natal, e com o aproximar do Ano Novo de 2017, e aproveitando a tão nobre e apregoada, PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE, cá estou eu, decerto mais uma vez a invadir o vosso espaço, e sem permissão, que reconheço já não ter e já não ser o meu espaço, mas, no entanto quero desejar tudo de bom, para esse jornal que aprendi ao longo de muitos anos a pronunciar, Diário de Notícias.
E, como amanhã (hoje), dia 29 de Dezembro, o Diário de Notícias comemora os seus 152 anos de vida, por “culpa” única e exclusiva de dois homens ligados às letras, que neste dia já longínquo de 29 de Dezembro de 1864, fundaram este jornal, tendo sido eles, José Eduardo Coelho, que nasceu em Coimbra a 23 de Abril de 1835, tendo vindo a falecer na mesma cidade dos estudantes a 14 de Maio de 1889, tendo sido então o primeiro director até à data da sua morte. O outro foi Tomás Quintino Antunes, cujo único objectivo que a direcção do jornal visava, era chegar a todas as bolsas e ser acessível e compreensível a todas as inteligências.
Assim, não quero deixar passar esta oportunidade para neste dia, desejar a todos vós (mesmo que estejamos de costas viradas), tudo de bom.
Parabéns pelos 152 anos de vida do Diário de Notícias.

MÁRIO DA SILVA JESUS

AO ANO NOVO



Foi dos piores anos dos últimos.
Declara-se a absoluta ineficácia do ano corrente para lidar com a dor. Toda a dor.
É uma declaração tardia, mas a intenção é das melhores, acabar com esta pouca vergonha.
Colectou-se tanta culpa no cartório que se levaria todo um novo ano a ler o acordão. Opta-se assim pela síntese, enunciando e de raspão, as mais criminosas:
Foi um ano indigente quanto ao ódio, o racismo, as fobias, a omissão do sofrimento dos outros.
Nunca se lavou das mortes arbitrárias, como se fossem quotas de caça atribuídas as potências; fingiu que não ouviu o choro de crianças órfãs, esfomeadas, espoliadas da dignidade de ser. Imagine-se a sujidade que tresanda!
Este ano poluiu o mundo. Desconsiderou a natureza. Sodomizou-a. Apropriou-se de recursos indevidos e escassos e prepara-se para vender a água a preços exorbitantes e não para todos.
Apesar dos incentivos e cada vez haverem mais mulheres e homens bonitos e bem-apessoados, não se amou o suficiente para equilibrar os níveis e baixar os índices de raiva e espuma no canto da boca.
A soberba ganhou muitas medalhas; a mesquinhez esteve na primeira fila de todas as galas; a ignomínia foi a soprano com mais actuações e encores ao vivo.
O poder cego é o cancro com maior incidência e prevalência no mundo ocidental. No outro também, mas chama-se democracia musculada: pestaneja-se e vai-se a banhos para um resort de luxo. Não é assim, alguns amigos do peito da CPLP?
A manipulação da palavra - pelos meios - aumentou o número de casos de masoquistas empedernidos, com enfarte causado pela opressão, que recorreram ao sistema nacional de saúde.
Por isso colapsou, com utentes a mais.
Estamos todos fartos de olhar para este ano, nunca mais acaba. Vamos acabar nós com ele.
Iniciou-se um ritual vudu de espetar agulhas, para exorcizar pelo definhamento rápido este ano horribilis.
Enquanto se espetam as agulhas e se dança catatonicamente à volta do ano diabólico, devemos asneirar, muito, repetindo alto e em coro esconjuros potentes:
A política fede e é incontinente.
A política é uma espelunca sifilítica.
Os interesses geoestratégicos são um jogo de poker viciado.
A industria do petróleo e outras poluentes são dirigidas por seres de outros planetas, alienígenas que se misturam entre nós para destruir a humanidade (sim acreditamos em teorias da conspiração bem apimentadas e com bons enredos).
Apesar dos chocolates serem bons, as cápsulas de café não são recicláveis e há empresas com planos maquiavélicos para se apoderarem de toda a água no mundo.
Todos os leaks e os papers, têm halitose.
Os deuses foram de férias prolongadas depois de nos inventarem.
Os deuses preferem os deuses aos homens.
Os deuses são egoístas e pouco solidários. Os homens aprenderam com eles e também o são, apesar de haver meia-dúzia que pratica acções caritativas.
Quando dermos cabo deste ano, é bom precavermo-nos já para o próximo. Atentos, ao mínimo sinal de esperteza saloia, logo com uma cachaporra em cima, para amainar ideias que ande a germinar.
Deseja-se que 2017 nos surpreenda e se assim o fizer pode contar connosco para a folia, darmos uma mão ou ambas para concluir os telhados de tão desabrigado que anda o mundo.

Se não nos surpreender nunca mais devemos comer passas: é um logro bem montado dos industriais das passas!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Férias e feriados

Aproximam-se diversas propostas dos partidos mais à esquerda, com aumento dos dias de férias, de 22 para 25, e um novo feriado, no Carnaval. O novo feriado é a proposta mais fraca, por parecer mais pirraça do que convicção. "Se os outros retiram quatro feriados, então nós repomos esses e acrescentamos mais um!"

Os três dias de férias causam um coro com prenúncios de desgraça, mas há que também não esquecer os efeitos positivos. Aumento da saúde física e mental dos trabalhadores, aumento do emprego pois há que colmatar as ausências, diminuição das despesas na saúde, com subsídio de desemprego e outras prestações sociais, aumento da procura, aumento no IRS e IVA, aumento da produtividade. Não apregoo mil maravilhas, os efeitos serão discretos, mas aparentemente mais que suficientes para superar os riscos.

Finalmente há uma proposta algo inovadora: o Partido Comunista propões um dia extra de férias por cada dez anos de serviço. Pena que esteja restrita à função pública (porquê? no privado não se envelhece?) O atual funcionamento do mundo do trabalho é absurdo nas idades mais altas. Exige-se um ritmo constante seja aos 30 ou aos 60 anos. "Sem exceções, nada de preguiças!" Depois vem a reforma e de repente vai-se não do oitenta ao oito, mas do cem ao zero. O futuro deverá ser de diminuição progressiva da intensidade de trabalho com a idade, o que até fará com que seja muito mais lógico e aceitável ter uma reforma completa mais tardia. Esta sim, é uma proposta com uma dimensão estratégica que saúdo.



(enviado ao Público, se alguém vir publicado, avise sff, que não posso comprar todos os dias)

ESTAMOS A CASTRAR A VIDA

As crianças brincam cada vez menos. São super-protegidas. Pouco vadiam. Não andam à solta. Estão coladas ao ecrã: da TV, do computador. Vivem em espaços fechados. Têm dificuldades de relacionamento. Que presente, que futuro, estamos a construir? Onde está a liberdade, a criação, a poesia? Estamos a construir muros e prisões. Estamos a castrar a criatividade. Estamos a castrar a vida.

Viva a geringonça!


Se bem se lembram, foi Leonardo da Vinci o precursor do helicóptero ao garatujar uns desenhos de uma máquina voadora, que eram os princípios básicos e científicos para o seu giroscópio aéreo.
Alguns seus concidadãos, ao verem tais esboços interrogaram-se do seguinte modo: ´que geringonça será esta que o louco Leonardo quer materializar?’
E vejam só, 532 anos depois (1483/2015), no tempo de todos os afetos presidenciais e governamentais, o longevo vocábulo geringonça está cada vez mais na berra, ao tornar-se na palavra mais falada e escrita, e em actos também, à face da Terra.
Bom Ano a todos, que, afinal, a geringonça continua bem untada, pelo que o seu motor, por certo, não irá gripar.


José Amaral

A expressão ‘feira de gado’ assenta como uma luva


Em amena cavaqueira entre amigos do mesmo ofício, depois de bem se ter comido e melhor bebido, o senhor MNE terá comparado e bem, por brincadeira, a Concertação Social a uma feira de gado.
Todavia, depois de ter sido descoberto o que disse, não deve pedir desculpa aos parceiros sociais, nem a ninguém, porque a verdade é mesmo essa.
Os patrões e as personalidades sentadas à mesa de negócios de tal conciliação tratam das suas reses como uma autêntica feira de gado – desculpem-me as centenas de milhar de trabalhadores que tiveram o ‘dourado’ aumento de 27 euros no seu ‘elevado e incomportável’ salário mínimo nacional –.
Esta gente de topo de todos os poderes instituídos tratam da ‘maralha’ como verdadeiros escravos dos tempos actuais.
Portanto, é isso que tais negociadores pensam, enquanto, entre si, se banqueteiam com o que subtraem aos escravizados.


José Amaral

Futilidade


A sebenta

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Quem sou eu?

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Percurso rimado da minha vida terrena


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

LUTEMOS PELA VIDA

Terrorismo, guerras, capitalismo, extrema-direita. O caos e a barbárie reinam sobre a Terra. Trump, Marine Le Pen e outros nazis mostram os dentes na Europa. O capitalismo é cada vez mais feroz, rouba-nos o tempo, rouba-nos a vida. As pessoas atropelam-se na corrida do empreendedorismo, da competição cega. Esquecem o amor, a liberdade, a poesia, perdidas na vidinha das compras e das contas. São controladas e castradas pelos ecrãs, pelas imagens onde se passeiam vedetas inacessíveis que vivem por elas. O natal sabe a hipocrisia. Fanáticos matam em nome de Alá e o Ocidente em nome do deus-dinheiro. Milhões morrem de fome. A pobreza grassa. Tal como a pobreza intelectual e espiritual. O cidadão comum não questiona a máquina. As forças moderadas perdem terreno a olhos vistos. Porque se corromperam, porque se afastaram dos homens. É tempo de caos. Mas do caos também vem a luz. É tempo de combate. Lutemos pela liberdade, pelo amor, pela Vida. Com Jesus, com Marx, com Bakunine, com Nietzsche, com Che Guevara. Lutemos porque estão a destruir o Homem. Lutemos pelas crianças, pelo presente, pelo futuro. Lutemos porque só assim a vida faz sentido.

UMA PREOCUPANTÍSSIMA AMOSTRA



Neste final de 2016, tivemos uma amostra do que nos pode reservar 2017 e o futuro. Como está de saída e talvez para aliviar a consciência do seu decisivo contributo às guerras, principalmente da Ucrânia, Líbia e Síria, Obama, desta vez, não vetou a resolução da ONU que exige a Israel o fim dos colonatos na Palestina. A mesma foi aprovada pelos 13 estados membros e a abstenção dos EUA. Naturalmente, as reações foram imediatas: os palestinianos, a Liga Árabe e todos os amantes da paz e da justiça congratularam-se. O primeiro-ministro israelita, Netanyahu, ficou furioso. Chamou a Telavive os embaixadores do seu país nas capitais dos países proponentes da resolução, disse esperar com ansiedade a tomada de posse de Trump. e com a arrogância que o caracteriza, (por outras palavras evidentemente),afirmou limpar o cu à decisão da mais alta instância mundial. Mas, mais preocupante ainda que a reação do falcão sionista, foi a do que brevemente se vai sentar aos comandos da maior potência mundial, reforçando a posição de Netanyahu.
Portanto, o problema central daquela conturbadíssima zona do mundo, o médio oriente, irá ainda agravar-se. Israel, com as costas quentes pelo seu poderio bélico convencional e atómico(único na região, recorde-se) e o reforçado apoio de Trump, continuará mantendo a Palestina como a maior prisão a céu aberto do mundo, e a ameaçar quem contra isso se oponha.
Se a este total desprezo pelo Direito Internacional, somarmos as ameaças à China e à Rússia pelo seu anúncio de se precaverem contra as bases anti-mísseis com que o império e a sua NATO as estão cercando para as neutralisar, imagine-se o que por aí poderá vir! Para já, veio o recomeço da corrida aos armamentos.
A loucura do outro frustrado do bigodinho, custou 50 milhões de mortos. E “apenas” dispunha de metralhadoras, tanques, navios e aviões. O que brevemente irá ocupar a Casa Branca e mandar no Pentágono, disporá de um poder imensamente maior! Disporá de um botão que aciona em simultâneo, misseis de curto, médio e longo alcance transportando ogivas nucleares para qualquer ponto do planeta, mil vezes mais potentes do que as que riscaram do mapa Hiroxima e Nagasáqui. Se antes não for impedido por todos nós, pela humanidade, disporá do botão do Apocalipse. Bastará pressioná-lo.
Francisco Ramalho
Corroios, 26 de Dezembro de 2016



PALAVRAS À SOLTA



Há pessoas que gostam de escrever mensagens em grandes superfícies, em todo o lado: muros, fachadas de edifícios, pontes. São mensagens anónimas para destinatários  desconhecidos.

Ás vezes têm nome no final, um nome próprio,nada mais. São geralmente frases de intervenção, de amor, ou de ódio.

As primeiras são inflamadas, rispidas, ou então de ironia corrosiva. São geralmente muito criativas, levando a desconfiar seriamente não terem sido escritas por nenhum politico de serviço.

As de Amor, como todo o Amor, são dengosas, esperguiçadas, quentes, animam as batidas dos corações e relampejam nalguns, cenas antigas, paixões passadas.

As últimas, são mal-dispostas, vingativas, irreversíveis.
Algumas dessas missivas fazem-se acompanhar de uma figura pintada, ou então de um símbolo, que terá o seu código, nem sempre decifrável.

Algumas mesmo, não passam de uma única palavra solta.

Muitas destas palavras ou frases são um alento que quebra momentaneamente a concentração de cada um nas coisas suas. Acontece quando se relança o olhar e se dá de caras com elas,num semáforo, numa fila automóvel, encostado a uma paragem de autocarro.

Um respingador destas frases e destas palavras, juntando-as as mais que puder, faria um manual da existência humana, onde caberiam todas as filosofias, as religiões por junto,as teorias dos comportamentos e as ciências sociais.

Elas dizem tudo e estão espalhadas por aí, à mão de semear.
Há uma que eu gosto particularmente. É das mais completas e só ela encheria um dicionário todinho de sinónimos, podendo levar a meditações profundas e muita ginástica intelectual.

Mas é de uma simplicidade que enternece:

POESIA-ME.

Se quiser partilhar connosco – não vai ganhar améns nem lugares no paraíso – diga-nos as que gosta mais. Quando sair à rua, abra bem os olhos, esteja atento, não se deixe distrair.

Precisamos de si perspicaz: caçador de boas frases










PARAGEM DOS CAMPEONATOS EM PORTUGAL NA QUADRA NATALÍCIA É BENÉFICA PARA OS CLUBES?


Paragem dos campeonatos em Portugal na quadra natalícia é benéfica para os clubes?
Apesar de compreender perfeitamente que esta quadra de Natal é única para algumas famílias e um momento mágico propício para que a maioria das famílias possa juntar-se, não entendo lá muito bem as paragens da Liga NOS, 2.ª Liga e Campeonato de Portugal (antiga 3ª. divisão) nesta época natalícia.

Será que é benéfica para clubes e jogadores ou, pelo contrário, haverá uma clara quebra de ritmo nas próprias equipas e em alguns jogadores? Por outro lado, com a falta de jogos a quebra nas receitas dos clubes?
Olhando para o que se passa lá fora, não será por acaso que o campeonato mais competitivo do mundo, a Liga inglesa não pára nesta quadra festiva.

Porque motivo, quando do início de cada época se realiza a calendarização do mapa de competições, não se ajusta o mesmo de forma a que na época natalícia estes não parem e os adeptos fiquem privados, alguns claros, do vício do seu prato forte que é o futebol.
Não direi, que sou a favor que haja jogos no dia de Natal, claro que não, mas como acontece na Liga inglesa, porque não, por exemplo, os jogos terem lugar no dia seguinte, ou seja no dia 26, (porque ontem dia de Natal, foi domingo), quando irá disputar-se a 18ª jornada daquela liga.
Aos dirigentes dos clubes e aos responsáveis da Liga Portuguesa Profissional de Futebol e da Federação Portuguesa de Futebol pergunto: Este é um caso para ser pensado…ou não?

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal  RECORD de 26 de Dezembro de 2016)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46138 do Diário de Notícias da Madeira de 30 de De-
  zembro de 2016)


MÁRIO DA SILVA JESUS

domingo, 25 de dezembro de 2016

MULHER

A mulher
sempre a mulher
divina
infinita
puta de Deus 
por ti deposito a espada
por ti entrego as armas
por ti faço a paz.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Pedido ao Pai Natal



Olá Pai Natal

Este ano, além do habitual pedido, envio-te o conto "Divisão da felicidade" que recebi por e-mail e que gostava que o juntasses a cada prenda que vais distribuir, para mim inclusive pois será sinal que gostaste. E com isto, até já me esquecia de fazer o meu pedido, que para não variar, é o mesmo de sempre: continuares a dar-me saúde e Amigos como tens feito. Já agora, aproveito para te pedir que dês de prenda aos poderosos do mundo, muito bom senso pois pelo que tenho visto, estão muito carentes disso e de amor. Não te prendo mais pois tens muitos a quem atender, mas não te esqueças de continuares a dividir a felicidade para que ela se multiplique. 
Jorge Morais 


" Dois homens, muito doentes, dividiam o mesmo quarto num hospital. Um deles podia ficar sentado na sua cama todas as tardes. A sua cama ficava ao lado da única janela do quarto. O outro passava os dias deitado. Todos os dias o homem que podia sentar-se, ficava ao lado da janela e contava ao seu companheiro de quarto tudo o que via. O companheiro esperava, todos os dias, ansioso por esse momento. A janela tinha vista para um jardim muito bonito e um lago de cisnes. Crianças brincavam com os seus barquinhos de papel. É uma linda paisagem que vemos daqui. O paciente ao lado da janela descrevia tudo com riqueza de detalhes, e o homem ao seu lado imaginava essas cenas. Passados alguns dias, numa manhã quando a enfermeira chegou ao quarto, descobriu que o paciente ao lado da janela havia morrido naquela noite. Então o outro paciente pediu para que o colocassem na cama ao lado da janela. A enfermeira mudou ele de lugar e o deixou só. Com muita dificuldade, ele apoiou os cotovelos e se ergueu para olhar pela janela. Mas tudo que viu foi uma parede branca. Então chamou a enfermeira e perguntou: Como o meu colega via aquelas cenas tão lindas que me descrevia? A enfermeira lhe contou que o paciente era cego e não podia ver nem a parede que ali estava. Talvez quisesse apenas te animar. Não há felicidade maior do que fazer o outro feliz, sem se importar com os nossos problemas. Porque a felicidade quando se divide, se multiplica."


Publicada no Jornal PÚBLICO em 24.12.2016