Neste
final de 2016, tivemos uma amostra do que nos pode reservar 2017 e o
futuro. Como está de saída e talvez para aliviar a consciência do
seu decisivo contributo às guerras, principalmente da Ucrânia,
Líbia e Síria, Obama, desta vez, não vetou a resolução da ONU
que exige a Israel o fim dos colonatos na Palestina. A mesma foi
aprovada pelos 13 estados membros e a abstenção dos EUA.
Naturalmente, as reações foram imediatas: os palestinianos, a Liga
Árabe e todos os amantes da paz e da justiça congratularam-se. O
primeiro-ministro israelita, Netanyahu, ficou furioso. Chamou a
Telavive os embaixadores do seu país nas capitais dos países
proponentes da resolução, disse esperar com ansiedade a tomada de
posse de Trump. e com a arrogância que o caracteriza, (por outras
palavras evidentemente),afirmou limpar o cu à decisão da mais alta
instância mundial. Mas, mais preocupante ainda que a reação do
falcão sionista, foi a do que brevemente se vai sentar aos comandos
da maior potência mundial, reforçando a posição de Netanyahu.
Portanto,
o problema central daquela conturbadíssima zona do mundo, o médio
oriente, irá ainda agravar-se. Israel, com as costas quentes pelo
seu poderio bélico convencional e atómico(único na região,
recorde-se) e o reforçado apoio de Trump, continuará mantendo a
Palestina como a maior prisão a céu aberto do mundo, e a ameaçar
quem contra isso se oponha.
Se a
este total desprezo pelo Direito Internacional, somarmos as ameaças
à China e à Rússia pelo seu anúncio de se precaverem contra as
bases anti-mísseis com que o império e a sua NATO as estão
cercando para as neutralisar, imagine-se o que por aí poderá vir!
Para já, veio o recomeço da corrida aos armamentos.
A
loucura do outro frustrado do bigodinho, custou 50 milhões de
mortos. E “apenas” dispunha de metralhadoras, tanques, navios e
aviões. O que brevemente irá ocupar a Casa Branca e mandar no
Pentágono, disporá de um poder imensamente maior! Disporá de um
botão que aciona em simultâneo, misseis de curto, médio e longo
alcance transportando ogivas nucleares para qualquer ponto do
planeta, mil vezes mais potentes do que as que riscaram do mapa
Hiroxima e Nagasáqui. Se antes não for impedido por todos nós,
pela humanidade, disporá do botão do Apocalipse. Bastará pressioná-lo.
Francisco
Ramalho
Corroios,
26 de Dezembro de 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.