Ei-lo:
Já todos sabíamos ou desconfiávamos que a “Rota do Atlântico” estava infestada de muitos desumanos piratas, fazendo ilícitas fortunas, produto de pilhagens, enterrando-as em diversos paraísos fiscais, situados em paradisíacas ilhas.
Só não julgávamos ainda que tais piratas da era moderna se
pavoneavam por perto do antigo Cais das Colunas, de onde, outrora, bravos
navegadores lusitanos partiram na demanda de ‘novos mundos’.
Estes navegadores de águas putrefactas, escondidos na
nebulosa e poluente corrupção em que este rincão pátrio se transformou, sem
sequer zarparem, navegando mar adentro, pirateiam em terra firme, com a
complacência de gentes de igual estirpe, cujo seu lema é: ONDE ESTIVERES ROUBA
O QUE MAIS PUDERES.
José Amaral
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