Se Vitorino
Nemésio escreveu ‘Mau tempo no canal’, eu escreverei ‘Maus tempos em Portugal’.
Quando temos um
coelho de péssimos passos e piores fígados a ser indigitado para dar aulas, já
não sei o que dizer sobre o ensino. Entra-se burro e sai-se uma alimária com um
canudo.
Também tomei
conhecimento de que as nossas crianças já não sabem escrever, pois não se
ajeitam a pegar num lápis, esferográfica ou caneta. Preferem usar as tabletes e
outros utensílios de dedilhar e tocar no ecrã.
Também sei de
muito boa gente, mais precisamente jovens ultra ociosos e estupidamente
vaidosos em futilidades, que não sabem sequer descascar uma simples peça de
fruta, pedindo aos seus paizinhos para tal tarefa fazer. Julgam-se adultos, mas
comportam-se como verdadeiros mentecaptos.
Por último, temos
um rio que se vê negro para aguentar o seu caudal entre as apertadas margens de
um monte negro.
Fiquem bem.
José Amaral
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