Robotizados para a competição...
Grande parte dos melhores alunos do ensino secundário não lê
um livro, apenas resumos de algumas obras que constam do programa, e só se
preocupam em ter nota alta para poder escolher o curso e a universidade; são os
futuros líderes do país, robotizados por conta própria, enfim, os futuros
“Barreiras Duarte”, que depois se atribuem qualidades que não resistem à mais
pequena prova.
E é assim que, como qualquer dos muitos “analfabetos” que se
conhecem, vão “tocando de ouvido” pela vida fora, com um discurso intragável,
completamente desprovido de valor para a sociedade; e quando se dão ao
desplante de escrever e tornar públicas as suas “elucubrações”, em que colocam
questões e dão logo ali a resposta, fica-se na dúvida se aquilo é para rir, para
chorar, chorar a rir ou rir a chorar...
Lê-se no JN que aqueles alunos estudam 15 horas por semana
além do horário escolar, não valorizam outras actividades, indispensáveis para
se enriquecerem humanamente, e revelam pouca criatividade, de acordo com um
estudo elaborado pela Universidade do Minho em 490 escolas.
“Muito por culpa dos rankings, a escola está a
ser apenas uma certificação dos méritos académicos, mas a entrada na
universidade não pode depender só dos exames e das notas – diz Leonor Torres,
coordenadora do estudo que foi publicado em livro - devendo cada curso exigir pré-requisitos”.
Há já muitos anos, andava Paulo Futre nos píncaros, uma
jornalista perguntou-lhe, numa evidente provocação, se sabia quem era Saramago:
-“Não faço a menor ideia- respondeu – diz-me tu quem é esse gajo”; mas até os
futebolistas procuram hoje cultivar-se
um pouco mais, o que já se vai percebendo no discurso de muitos deles...
Amândio G. Martins
perfeitamente de acordo, amigo.
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