sexta-feira, 30 de março de 2018

Uma coisa é uma coisa


Subsumido à condição de leigo em Ciência, esmagachado na minha pequenez do raciocínio corrente, típico do “homem da rua”, li com prazer o artigo de Carlos Fiolhais e David Marçal, “Uma molécula é uma molécula” (Público de 29 de Março). Os autores, unilateralmente, dão por terminada a polémica em torno da Medicina Tradicional Chinesa que, em verdade, não arrebanhou multidões. Aparentemente, nada mais haveria a dizer, mas há uma coisa que me deixa muita pena: que não tenham pulverizado em desprezíveis átomos, quântica e infinitamente pequenos, a afirmação de Leonor Nazaré de que existem “milhares de trabalhos de investigação sobre as diversas Terapias Não Convencionais que comprovam a sua eficácia”. Até isso acontecer, recolho-me às minhas tamanquinhas “provincianas”, enquanto velo por não confundir quadros com cachimbos e moléculas com abéculas.  

Público - 02.04.2018

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