Pratiquem o “Sixty nine”...
O publicitário brasileiro Hugo Veiga escreve no caderno
Dinheiro Vivo, do JN, um divertido texto de que me permito transcrever uma parte.
Hoje, acordei com esta ideia estapafúrdia: trabalhar seis
meses e descansar outros seis. Uma vida,
literalmente, feita de 69 (esclareço quem começou a ler o texto pelas razões
erradas que esta é a representação possível com o Word para yin e yang, seis
normal e seis invertido. Isto é um artigo de família, pessoal!)
Comecemos por um facto polémico: dinheiro não traz
felicidade (ena que grande cliché!). Perdão, caro leitor, mas permita-me retratar-me. Clichés
têm razão de ser: são uma síntese de anos de aprendizagem humana. E os nossos
antepassados deram-se conta de que trabalharam pelas razões erradas: o
consumismo. (...)
O que aqui defendo é o equilíbrio. Até que ponto aquela
promoção e aquele aumento vão trazer real felicidade? Quantos jantares de
amigos serão desmarcados? Quantas discussões o stress irá gerar? Quanto não vai
para terapias e tratamentos caros? E que prato, no restaurante caro que agora
pode pagar, vai saber melhor do que a comidinha da mãe? “ (...)
Durante seis meses trabalharia ainda mais do que trabalho
hoje. Porque estaria descansado, estaria mais focado nos projectos em mão e não
me importaria de me esforçar ainda mais
por saber que dali a pucos meses estaria de férias de novo. Pensem,
adorados leitores, um programa como este poderia acabar com o desemprego”...
Amândio G. Martins
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