Ofensas à inteligência
As claques afectas aos clubes de futebol são, de uma maneira
geral, a cloaca da sociedade; ali desaguam energúmenos de toda a espécie, ali
vale tudo, não só tirar olhos e partir pernas, como matar mesmo, em sinistras
demonstrações de total selvajaria.
O sujeito carrega com orgulho a alcunha de “macaco”, mas os
macacos são gravemente ofendidos na sua dignidade, vendo-se comparados com um figurão
daqueles; lidera um grupo de “meninos de coro” com negro historial de
malfeitorias, mas foi absolvido porque “no tribunal não há palas vermelhas”.
Os ditos “meninos de coro” permitiram-se, num jogo de
andebol contra o “inimigo de estimação”, entoar um cântico aludindo uma tragédia
que dizimou uma equipa brasileira de futebol, cujos dirigentes enlutados logo
tornaram público o seu repúdio, mas o líder daquela corja não teve nada a ver com
tal enormidade...
Ele é, de facto, o líder, embora mais temido que respeitado;
estava no meio daquela subespécie de gente, mas não cantou, não mandou nem teve
autoridade para parar os díscolos porque, na verdade, os dislates são a razão
de existência desses grupos.
Amândio G. Martins
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