O
essencial que ficou do congresso do CDS, foi a sua verdadeira face. A
máscara caiu, e aí temos um partido vazio, populista, demagógico e
reacionário. Adolfo Mesquita Nunes e Nuno Melo, destacaram-se no
discurso anti-comunista mais cavernoso, atirando-se também ao PS que
mimosearam de cobarde por “se submeter aos comunistas e
trotskistas” e por “não fazer reformas”. Mas nem o PSD
pouparam com indiretas; que eles, sim, é que estão unidos e,
sobretudo, que com eles, CDS, não há a mínima hipótese de
“abébeas” ao PS.
A
fogosa Assunção, de crista levantada, aproveitando a guerra
fratricida no PSD com Rui Rio em palpos de aranha face à ala
passista mais direitista, para se confirmar como líder, numa
demagogia desenfreada, não olha a meios para se afirmar como líder
incontestada da direita.
E do
27º congresso do CDS, propostas concretas para o povo e para o país,
o que ficou, foi zero! O que ficou, foram críticas ao atual Governo
e à solução encontrada para o seu suporte na Assembleia da
República. O que ficou, foram críticas pela minoria privilegiada
(que é quem o CDS realmente representa) ter deixado de embolsar o
que o povo não continuou a perder com eles no poder, e o pouco que
recuperou.
Sobre
a Doutrina Social da Igreja, omissão total. Mas aí, foram sinceros.
É que, a economia que o partido fundado por Freitas do Amaral e se
reclama de cristão, presentemente perfila, é a do capitalismo mais
predador. A economia que mata. Como bem a classifica o papa
Francisco.
Francisco
Ramalho
Corroios,
12 de Março de 2018
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