REVOLUÇÃO OU MORTE: A HUMANIDADE E O PLANETA EM PERIGO

As actividades humanas e, consequentemente, as alterações climáticas estão a ter um impacto brutal e sem precedentes no meio natural. Nunca a destruição foi tanta e tão rápida. O relatório divulgado pela Plataforma Intergovernamental de Política de Ciência sobre Biodiversidade (IPBES) refere que há hoje um milhão de espécies em risco de extinção. E só uma rápida e abrangente transformação do sistema económico e financeiro, ou seja, só o fim do capitalismo nos poderá salvará do colapso dos ecossistemas. A Humanidade e o Planeta estão realmente em perigo de morte. Os autores do relatório destacam os males causados pela poluição, destruição de habitats, emissões de carbono, agricultura e pesca intensivas, bem como os efeitos das alterações climáticas causadas pela queima do carvão, petróleo e gás produzido pela indústria de combustíveis fósseis. Robert Watson, um cientista britânico que preside ao IPBES, refere que seria possível começar a conservar, restaurar e usar a natureza de forma sustentável. Mas só através de uma revolução, só se as pessoas enfrentarem os "interesses instalados" que parecem comprometidos a manter tudo como está. E, diz Watson, a mudança tem de começar imediatamente porque já perdemos muito tempo. Os jovens já o perceberam e exigem-no. Em países como a Holanda e a Dinamarca a política verde está na ordem do dia. Transformar o mundo, mudar a vida, eis a questão que se coloca aqui e agora.