terça-feira, 12 de junho de 2018

Estaline ainda "existe"

Bem se diz que "se podes olhar, vê e se podes ver, repara" ( é esta, aliás, a frase de introdução a um livro de Saramago). Foi  o que fiz, ao assistir a uma pequena reportagem "para-Mundial" da RTP numa escola secundária oficial na Rússia. Soubemos que a educação  tem aspectos de forte disciplina (exemplificada numa pequeno exercício de marcha fardada)  e ouvimos os alunos dizerem do quanto gostam da pátria. E reparámos ( sem que o repórter chamasse a atenção para o facto)... numa grande fotografia de Estaline pendurada numa parede da sala de aulas! Os soviéticos eram exímios em apagar caras incómodas nas fotos que, como é natural, mostrariam o passado ao futuro. Mas, pelos vistos, os russos actuais até tomam como paradigma pátrio para crianças, um "insigne" soviético de quem já ninguém quer ouvir sequer falar...

Fernando Cardoso Rodrigues

3 comentários:

  1. É sabido que os povos da extensa Rússia sempre "adoraram" líderes fortes; e Estaline é um ícone desse estilo musculado, sob cuja liderança a União Soviética saíu vitoriosa da Segunda Guerra Mundial. Quanto à disciplina nas escolas, até as crianças filhas de gente daqueles lados, que para cá vieram com os pais ou já cá nasceram, aceitam mal a bagunça que vai pelas escolas portuguesas...

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    1. Tresli ou li no seu comentário uma benevolência para com o "músculo"? Até justificando o militarismo escolar? Estaline ganhou a guerra depois de ser traído pelo Hitler, pois antes houve o tristemente célebre pacto... Numa parada ou museu militar, celebrando a história que não se apaga, e onde o povo russo desempenhou papel relevante na II Guerra Mundial, percebo, mas numa sala de aula, não...

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  2. Eu sou um defensor da disciplina. E o que se passa em muitas salas de aula deste pobre país é inenarrável, com a autoridade do professor de rastos, as "criançolas" entretidas com telemóveis a mandar bocas umas às outras, enfim...

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