domingo, 3 de junho de 2018

Trabalho gratuito mascarado de voluntário

Assistimos a uma atitude parasita de muitas empresas que solicitam jovens habilitados para
trabalharem - de borla!, também, com a promessa de os vincularem, muitas das vezes em vão…

   A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) que representa, no fundo, o interesse dos livros, objectos nobres, não foge a esta parasitagem. Tem imensos voluntários a trabalhar gratuitamente na Feira do Livro (a visitar), em Lisboa. Paga-lhes o almoço e o transporte. Ultrajante! Cada editora tem pavilhão(ões) e pagam bem à APEL, para difundir e vender os seus livros. Têm dinheiro. Então, porque razão se serve da força de trabalho dos jovens, mascarado de voluntariado, para não os remunerar? É uma mentalidade censurável de exploração. Eles comem tudo!, e deixam quase nada para quem os serve. Está em curso um movimento de denúncia para desmascarar este trabalho com laivos de esclavagismo. Os jovens, segmento da sociedade significativamente atingido pelo desemprego, sujeitam-se ao que há… «Não tenho trabalho», disse-me uma jovem licenciada. Estas condições de trabalho degradantes deviam ser fiscalizadas e punidas. No limite - criminalizadas!

   Que seria destes jovens, sem o suporte da família previdência? Quem representa os livros, mananciais de culto, afinal, fica maculado por inqualificável indecência abusadora!

   Ao qu’isto chegou!



                                    Vítor Colaço Santos

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