Após as primárias nos EUA confesso ter-me desinteressado do acontecimento pois não simpatizava com nenhum dos vencedores. No entanto, à medida que a campanha avançava, comecei a analisar as criticas dos apoiantes de Hillary, celebridades como Michael Francis Moore, do valentão Roberto De Niro e seus murros, de Madonna, da Lady Gaga de lá e que juntei aos gagás de cá que com enorme criatividade, baralhando fonética com pronúncia, descobriram que juntando a vogal "a" à forma de pronunciar Trump, abriram a tampa da sanita e agarraram o vocábulo "trampa" e de tanta graça lhe acharem, jamais disseram Trump e por isso o meu aplauso. Após as eleições, com os resultados conhecidos, os vencidos, pessoal muito democrata, começaram a mostrar o seu conceito de democracia lançando petições para que seja a vencida a empossada, (onde já vi isto?), boicotes a artigos comercializados por familiares do vencedor e muitas mais baixezas do mesmo nível. Outro gesto muito democrático a registar, foi quando o simpático Obama partiu o verniz e negou-se a fazer a tradicional fotografia dos dois casais quando até o impopular Bush quando lhe passou o testemunho manteve a tradição. Entretanto, num debate televisivo, fiquei a saber que o famoso muro afinal já existe com milhares de quilómetros com o contributo do próprio Obama. No mesmo debate, também foi dito e não desmentido, que foi durante a presidência de Obama que mais imigrantes foram expulsos. Afinal quem é o arrogante e xenófilo? Também me lembrei do papão lançado pelos anti-Trump do perigo que ele representaria com o famoso botão à sua mercê e capaz de desencadear a terceira guerra mundial. No entanto o que ficou provado foi que esse perigo estava com Hillary bastando recordar o seu mau perder quando deixou todo o mundo pendurado aguardando o discurso habitual dos vencidos. Como ocidental, desejo muito boa sorte para os EUA, que como todas as pessoas bem informadas sabem, são o baluarte da defesa do ocidente e de quem ama a liberdade. Como sou um indivíduo que não perco a esperança, parto do principio que Trump já adquiriu o DNA dos políticos e espero por isso que não cumpra tudo aquilo que ameaçou. Assim, quer queiramos quer não, temos que o aguentar e que seja verdade o que o povo diz pois socorrendo-me do trocadilho dos nossos criativos, que seja verdade que "Trump é dinheiro".
Publicada no Semanário EXPRESSO de 26.11.2016 (com cortes)
e um apontamento na Revista SÁBADO de 30.11.2016
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.