Sobre Marcelo, filho oriundo dum outro tempo, que por
caminhos e esforços bem traçados e melhor medidos, chegou aonde queria,
tecem-se as maiores teorias e elogios, que ocupam directores de jornais e
jornalistas, analistas cambiantes, políticos no remanso da boa reforma,
observadores hipotecados, gente do campo, velhos do banco de jardim e da rua
deserdada. Um arco-íris de filósofos de trazer por casa. E que dizem eles, que
não sejam quase unânimes enquanto opinam sobre o homem, que percorre meio mundo
numa catarse, de que se desconhecem as razões, em busca de paz interior,
levantando ondas por onde passa? Escrevem os que se atrevem a descobrir e a
decifrar o homem que esbraceja e corre, sobre águas do rio e na espuma das
pistas que se lhe proporcionam, de que Marcelo, Presidente, deixa “desafios” em
cada intervenção intencional que larga pelo país, a quem governa ou é
pretendente ao lugar de governação. E fá-lo com o maior à vontade, igual ao que
veste, quando vai a banhos ou sai de avental nas noites de fome e dos
sem-abrigo. Deixemos as fotos e os beijos. Já todos foram apanhados e
emoldurados nesses gestos, e não há pessoa que não tenha no rosto e na parede
um sinal de afecto, desses. Já todos choraram sobre o seu ombro numa infantilidade
de fazer dó. Pobre povo órfão de carinho e de pão, é assim. Os ditos “desafios”
são bem claros, e são recados e avisos, não outra coisa. Ao governo e a quem
está fora dele. Marcelo quer ver no Poder, a sua família política que desespera
para lá voltar, e faz Marcelo acentuar os “tiques-à-Fernando Santos”, por não
ver o seu “seleccionado natural”, ainda preparado para tal “desafio”. Marcelo
tem que “gramar” a geringonça, e promete deixá-la rolar até ao fim se ela não
descarrilar. Nesta orientação, arrasta consigo o povo descompensado, como
apoiantes meio adormecidos com tal táctica. E o povo vai, sempre que há
folclore e aonde pode aliviar a dor e aonde deixar o lamento. Marcelo sabe
muito disto, e o resto deixa para o Papa de Roma, que o do Dragão não vai em
cantigas. Marcelo quer diálogo a rodos entre os partidos e parceiros sociais. O
mesmo é pedir a Kim do norte nuclear, que ceda ao ultimato de Trump do norte
atómico, para um encontro nas condições ianques impostas, que são as de quem
não quer encontro nenhum. Todos se assemelham neste campo. Um quer, que outro
se submeta ou jogue segundo as regras do que tem a bomba mais forte. Marcelo,
também pede um resultado difícil de alcançar. O prolongamento, está à vista, e
por toda a parte agitar-se-ão as bandeiras dos vários interesses, camuflados de
boas intenções. Marcelo vai na frente, à procura do seu desejado resultado, e sem
pretender cair em off-side, na próxima jogada, a renovar!
-*(hoje no DESTAK)
-*(JN.22.03.sob título:"Para onde corre Marcelo")
Li tudo de cima a baixo e não encontrei nada que eu pudesse dizer que não. Estou com tudo que escreveu, meu Caro e Amigo Pena Fiel.
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