quarta-feira, 14 de março de 2018

Contra a corrente!


Sobre Marcelo, filho oriundo dum outro tempo, que por caminhos e esforços bem traçados e melhor medidos, chegou aonde queria, tecem-se as maiores teorias e elogios, que ocupam directores de jornais e jornalistas, analistas cambiantes, políticos no remanso da boa reforma, observadores hipotecados, gente do campo, velhos do banco de jardim e da rua deserdada. Um arco-íris de filósofos de trazer por casa. E que dizem eles, que não sejam quase unânimes enquanto opinam sobre o homem, que percorre meio mundo numa catarse, de que se desconhecem as razões, em busca de paz interior, levantando ondas por onde passa? Escrevem os que se atrevem a descobrir e a decifrar o homem que esbraceja e corre, sobre águas do rio e na espuma das pistas que se lhe proporcionam, de que Marcelo, Presidente, deixa “desafios” em cada intervenção intencional que larga pelo país, a quem governa ou é pretendente ao lugar de governação. E fá-lo com o maior à vontade, igual ao que veste, quando vai a banhos ou sai de avental nas noites de fome e dos sem-abrigo. Deixemos as fotos e os beijos. Já todos foram apanhados e emoldurados nesses gestos, e não há pessoa que não tenha no rosto e na parede um sinal de afecto, desses. Já todos choraram sobre o seu ombro numa infantilidade de fazer dó. Pobre povo órfão de carinho e de pão, é assim. Os ditos “desafios” são bem claros, e são recados e avisos, não outra coisa. Ao governo e a quem está fora dele. Marcelo quer ver no Poder, a sua família política que desespera para lá voltar, e faz Marcelo acentuar os “tiques-à-Fernando Santos”, por não ver o seu “seleccionado natural”, ainda preparado para tal “desafio”. Marcelo tem que “gramar” a geringonça, e promete deixá-la rolar até ao fim se ela não descarrilar. Nesta orientação, arrasta consigo o povo descompensado, como apoiantes meio adormecidos com tal táctica. E o povo vai, sempre que há folclore e aonde pode aliviar a dor e aonde deixar o lamento. Marcelo sabe muito disto, e o resto deixa para o Papa de Roma, que o do Dragão não vai em cantigas. Marcelo quer diálogo a rodos entre os partidos e parceiros sociais. O mesmo é pedir a Kim do norte nuclear, que ceda ao ultimato de Trump do norte atómico, para um encontro nas condições ianques impostas, que são as de quem não quer encontro nenhum. Todos se assemelham neste campo. Um quer, que outro se submeta ou jogue segundo as regras do que tem a bomba mais forte. Marcelo, também pede um resultado difícil de alcançar. O prolongamento, está à vista, e por toda a parte agitar-se-ão as bandeiras dos vários interesses, camuflados de boas intenções. Marcelo vai na frente, à procura do seu desejado resultado, e sem pretender cair em off-side, na próxima jogada, a renovar!

-*(hoje no DESTAK)
-*(JN.22.03.sob título:"Para onde corre Marcelo")



1 comentário:

  1. Li tudo de cima a baixo e não encontrei nada que eu pudesse dizer que não. Estou com tudo que escreveu, meu Caro e Amigo Pena Fiel.

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