sexta-feira, 9 de março de 2018

INEF – ISEF – FMH

A notícia, que circulava entre alunos neste do início do ano lectivo, caiu fora em notícias de Jornais. Esta agora Faculdade que teve inicio nos anos quarenta do século passado iria ser mudada para Lisboa. Para muitos foi uma péssima noticia tanto mais que algumas das razões assinaladas se podem facilmente resolver localmente. Ainda se está em negociações com a tutela – dizem uns – outros asseguram que há muito está resolvido e que a Câmara Municipal de Oeiras que podia e devia ter uma posição clara de assegurar a manutenção desta Faculdade neste Município está em posição de se colocar “à parte”. Falta de espaço não parece haver nas áreas circundantes deste Faculdade para serem construídos os campos e a piscina que os responsáveis dizem faltar (e que no Estádio Universitário de Lisboa dizem que já existem) e até talvez ficariam mais baratos que os dez milhões necessários para o edificado que é previsto para Lisboa. Outros falam na falta de alojamento local para estudantes. E muitos respondem: e o edifício da Quinta da Graça? Este edifício em ruínas depois de ter sido consumido pelo fogo nos inícios da década de noventa do século passado era pertença da Faculdade e era lá que existia uma biblioteca … e não se conhecem as razões porque não foi reconstruído. Esta instituição, para muitos ainda é lembrada pelo INEF, tem uma história muito diversificada e muitos nomes recordados com muita saudade. Os professores do primeiro meio século ainda hoje são recordados como os alicerces da Educação Física e do Desporto em Portugal. O livro da comemoração do 55º Aniversário do curso 1959/1960 é um registo vivo do percurso de uma instituição do Município de Oeiras com história e muitos outros registo existem que fundem a Educação Física e o Desporto com Oeiras, ali na Cruz-Quebrada no fim de uma subida que um eléctrico histórico que nos levava desde a baixa de Lisboa. O eléctrico foi substituído por uma carreira – a 776, que um dia a Carris quis suprimir e foram os moradores da Cruz-Quebrada/ Dafundo apoiados por muitos algesinos que deram a força necessária para que o 776 continuasse a parar à porta da Faculdade de Motricidade Humana.    E agora? Vamos ficar de braços cruzados e deixar que a origem desta Instituição deixe a terra onde nasceu? Não devemos esclarecer os mentores desta mudança que o sítio da Faculdade é aqui junto ao Jamor, perto do Rio Tejo? Não se poderá, deverá envolver o Município? Não haverá Professores formados naquela grande casa e alunos, que hoje continuam a história da Educação Física e do Desporto, que mostrem o que pode e deve ser feito para que o INEF/ISEF/FMH continue aqui? 

Maria Clotilde Moreira
Jornal Costa do Sol – 07.03.2018

2 comentários:

  1. A nossa amiga Clotilde continua atenta e interventiva sobre assuntos importantes da sua região e do país. Parabéns!

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.