INEF – ISEF – FMH
A notícia, que circulava entre alunos neste do início do ano
lectivo, caiu fora em notícias de Jornais. Esta agora Faculdade que teve inicio
nos anos quarenta do século passado iria ser mudada para Lisboa. Para muitos
foi uma péssima noticia tanto mais que algumas das razões assinaladas se podem
facilmente resolver localmente. Ainda se está em negociações com a tutela –
dizem uns – outros asseguram que há muito está resolvido e que a Câmara
Municipal de Oeiras que podia e devia ter uma posição clara de assegurar a
manutenção desta Faculdade neste Município está em posição de se colocar “à
parte”. Falta de espaço não parece haver nas áreas circundantes deste Faculdade
para serem construídos os campos e a piscina que os responsáveis dizem faltar
(e que no Estádio Universitário de Lisboa dizem que já existem) e até talvez
ficariam mais baratos que os dez milhões necessários para o edificado que é
previsto para Lisboa. Outros falam na falta de alojamento local para
estudantes. E muitos respondem: e o edifício da Quinta da Graça? Este edifício
em ruínas depois de ter sido consumido pelo fogo nos inícios da década de
noventa do século passado era pertença da Faculdade e era lá que existia uma
biblioteca … e não se conhecem as razões porque não foi reconstruído. Esta
instituição, para muitos ainda é lembrada pelo INEF, tem uma história muito
diversificada e muitos nomes recordados com muita saudade. Os professores do
primeiro meio século ainda hoje são recordados como os alicerces da Educação
Física e do Desporto em Portugal. O livro da comemoração do 55º Aniversário do
curso 1959/1960 é um registo vivo do percurso de uma instituição do Município
de Oeiras com história e muitos outros registo existem que fundem a Educação
Física e o Desporto com Oeiras, ali na Cruz-Quebrada no fim de uma subida que
um eléctrico histórico que nos levava desde a baixa de Lisboa. O eléctrico foi
substituído por uma carreira – a 776, que um dia a Carris quis suprimir e foram
os moradores da Cruz-Quebrada/ Dafundo apoiados por muitos algesinos que deram
a força necessária para que o 776 continuasse a parar à porta da Faculdade de
Motricidade Humana. E agora? Vamos
ficar de braços cruzados e deixar que a origem desta Instituição deixe a terra
onde nasceu? Não devemos esclarecer os mentores desta mudança que o sítio da
Faculdade é aqui junto ao Jamor, perto do Rio Tejo? Não se poderá, deverá
envolver o Município? Não haverá Professores formados naquela grande casa e
alunos, que hoje continuam a história da Educação Física e do Desporto, que
mostrem o que pode e deve ser feito para que o INEF/ISEF/FMH continue
aqui?
Maria Clotilde Moreira
Jornal Costa do Sol – 07.03.2018
A nossa amiga Clotilde continua atenta e interventiva sobre assuntos importantes da sua região e do país. Parabéns!
ResponderEliminarÉ bom vê-la por aqui!
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