Ora são pouco ora muito qualificados...
Depois de uns anos de crescimento do emprego, embora muito dele de fraca qualidade, a pandemia veio deitar tudo por terra, atirando meio milhão de pessoas para uma situação de grande carência; diz-se no JN que a formação tirou cem mil dessas pessoas do número oficial de desempregados, e a falta de formação é um dos argumentos mais utilizados para justificar por que não temos avançado tão depressa como os demais países, mas se as economias continuarem anémicas, não há formação que valha a tanta gente, a curto e médio prazo.
Por outro lado, os empregadores tão depressa usam o argumento das baixas qualificações como recusam empregar aqueles que, formados nos mais diversos saberes, lhes aparecem a pedir trabalho, desta vez argumentando que são demasiado qualificados, e do que precisam é de gente mais “modesta”, porque não podem pagar o que o candidato sobrequalificado espera receber, nem têm para ele o lugar que por mérito lhe corresponderia, mas o que aqui se deve entender é que o "patrão", ele próprio com baixa qualificação académica, não consegue dirigir/digerir um empregado que lhe seja "superior"...
Amândio G. Martins
É a realidade nua e crua, descrita com a subtileza do costume.
ResponderEliminarBom ano, Valdigem, e defenda-se do micróbio, que por eses lados parece andar muito assanhado...
ResponderEliminarAgradeço e retribuo.
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