Há um bom par de anos, no Teatro Camões em Lisboa,
realizou-se um concerto de homenagem ao consagrado
fadista, Carlos do Carmo, no qual participei integrado no
grupo Vocal Da Capo, dirigido pelo Mestre Maestro,
Eduardo Paes Mamede. Festa deliciosa e bonita! Tive ocasião
de privar com ele em dois ensaios e na apresentação. Artista
de mão cheia, simples e com uma lisura assinalável. Foi uma
estrela na representação. Foi um espectáculo! A sua luminosidade,
timbrada numa bela voz, fundia a música com as suas palavras
mensageiras. Eram um bálsamo para o espírito.
Estarei grato ao senhor Fado - Carlos do Carmo - que me despertou
o gosto por esta vertente musical, cantando a Poesia.
«Ninguém morre... », disse-me ele com razão, pois viverá
eternamente nos nossos corações através da sua bela obra! Até à Eternidade!
Vítor Colaço Santos
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