A pena de morte na Justiça...
Há demasiados países onde morrem assassinadas muitos milhares de pessoas todos os anos, e tem sido demonstrado, naqueles onde existe pena de morte como castigo, que nem por isso esses crimes diminuem, porque os assassinos não estão a pensar nisso quando tiram a vida a alguém; mas naqueles países como o nosso, onde tão definitiva pena há muito foi abolida, há muita gente que, perante crimes hediondos, reagem imediatamente pedindo a pena de morte, havendo até políticos que, calculísticamente, a defendem também.
Diz a notícia do JN que 2020 foi o ano em que, nos Estados Unidos, mais penas de morte foram aplicadas; tratando-se de gente que costuma aguardar dezenas de anos por esse fim, a demora tem permitido que novas provas sejam apreciadas e, nalguns casos, após uma vida encarcerados, concluíu-se que estavam inocentes; percebendo que o seu “reinado” estava próximo do fim e, se calhar, como forma de vingança, Trump tem acelerado as execussões de tal forma que, desde 1930, não era executada tanta gente num só ano nas prisões.
Mas ao ler a descrição do crime por que tinha sido condenada a mais recente executada, confesso que fiquei sem “pena” nenhuma da gaja, sendo certo que nunca votaria pela pena de morte, em nenhuma circunstância: esta mulher, Lisa Montgomery, conduziu desde a sua casa, no Arkansas, até à de Bobbi Jo Stinnett, que estava no fim da gravidez, no Missouri e, uma vez dentro de casa da vítima, estrangulou-a com uma corda e, com uma faca de cozinha, arrancou-lhe o bebé do ventre e levou-o consigo!...
Amândio G. Martins
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