quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

“Minudências”


Não é que o assunto não seja importante. Contudo, constatar que as pessoas se digladiam em torno de apurar quem de facto contribuiu para o surpreendente resultado da extrema-direita nas últimas eleições, parece-me tão útil quanto saber se foi o Snoopy ou o Pluto a trazer as pulgas para a minha cama. Interessa-me, acima de tudo, agir para neutralizar a ameaça dessas pulgas e, se possível, erradicá-las de uma vez por todas das minhas cercanias. 

Devemos priorizar saber quem tem as culpas, ou a eliminação do mal? Inclino-me a aceitar o conselho de André Lamas Leite, nas páginas do PÚBLICO de 26 de Janeiro: “Factos, nível argumentativo alto, evocação dos tempos do Estado Novo, serão as armas ao nosso dispor para que um oportunista sem qualquer rumo para o país se não transforme numa inevitabilidade de um governo à direita.” Irei mais longe, com a citação de Calvão da Silva (vice-reitor da Universidade de Coimbra), na edição do PÚBLICO do dia seguinte, ao identificar os objetivos a assumir: “combater as desigualdades económicas, sociais e territoriais; travar a globalização desregulada; contrariar o recuo demográfico; e responder ao desafio digital.” Façam isso e o Ventura fica a falar sozinho.



P.S.: Insulto (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, Lda., 1952): acto ou palavra ofensiva; injúria; afronta; ofensa; agravo; ultraje.


Somos, ou não, pessoas inteligentes e educadas? Desde quando, para se defender alguma “dama”, é necessário utilizar atoardas e suposições, levantar a voz ou birrar argumentos? De uma forma ou de outra, entre essas, vai-se perdendo razão. Digo eu! 


1 comentário:

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