Ter de fazer a coisa errada...
Não me canso de barafustar contra a queima de restos nos campos e montes, pela fumarada que invade tudo, porque quem queima não pode segurar o fumo na sua propriedade; acontece é que não há outro remédio, porque aquilo não é de comer e também não pode acumular-se nas terras, ano após ano, sobretudo o que é mais lenhoso, que a folhagem depressa apodrece e até serve de fertilizante; mas enquanto não houver por cá uma forma de aproveitar aquele material - como diz o meu vizinho inglês que há na terra dele, sendo mesmo proibido a cada um queimar os seus sobrantes - vamos ter esta praga não sei por quantos mais outonos, invernos e primaveras.
Assim, eu que me farto de reclamar, andei ontem o dia todo, e ainda sobrou para hoje, a queimar exactamente como fazem aqueles que estou sempre a “criticar”, porque não é coisa que se possa aproveitar no aquecimento da casa, a não ser uma ínfima parte como acendalha, e para estrume também não serve, não tendo quem me queira levar dali aquilo, que o oferecia de graça e boa vontade, lá ando eu a sujeitar os outros ao mesmo defumadouro que eles sempre fazem comigo...
Amândio G. Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.