Calhau rolado
Na imensa diversidade que constitui Espanha sempre houve, e continua havendo, nas mais diversas áreas, artistas de primeira água, nada a ver com o que faz esse tal Hasél, cuja prisão tem sido “leitmotiv” para bandos que apenas representam o rebotalho de qualquer sociedade, onde se juntam diversas nacionalidades, destruírem tudo que lhes apareça pela frente; de facto, o objectivo primeiro dessa escória é destruír e roubar, coisa que fica nos antípodas da liberdade de expressão por que dizem lutar.
Liberdade de expressão que o traste que os inspira nunca respeitou, havendo registos dos mais diversos conflitos criados com jornalistas, e agora mesmo foi possível assistir à destruição de sedes de jornais; na verdade, a “liberdade de expressão” que gritam nas ruas é aquela que lhes permita fazer o que vêm fazendo, atacando desde logo as forças que existem precisamente para defender a liberdade de todos.
E quanto ao artista em causa, que está preso sobretudo por fazer constantemente apologia da violência e do terrorismo, não por ofensas ao rei e à religião, que embora também entrem no pacote das acusações não foram determinantes, porque aí teria muito mais quem o defendesse, até partidos da Direita, que também acham uma excrescência a criminalização das críticas à monarquia e à Igreja católica; relativamente à “arte” daquele artista, encontra-se em tudo que tem dito e feito menos arte que num calhau rolado.
Amândio G. Martins
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