A propósito das infelizes declarações de Cavaco Silva (C.S.) sobre uma imaginária nova forma de democracia, lembra-nos Manuel Carvalho (M.C.) no Editorial do PÚBLICO de domingo, que o ex-presidente não consegue esquecer a sua própria aversão a António Costa e ao modelo de Governo que este o obrigou a “engolir”. Isto, a par da azia que Marcelo lhe provoca, porque desempenha com brilho e maioritário reconhecimento as funções que C.S. mediocremente exerceu, a ponto de todos o termos já atirado para o baú das inutilidades desagradáveis, leva-o a inventar o que não existe, designadamente uma “democracia amordaçada”, talvez uma contradição nos termos, uma vez que, amordaçadas, só se concebem as não-democracias. E logo ele, que fez olhos baixos e orelhas moucas aos atropelos jurídicos que o Governo de Passos Coelho cometeu, e mais cometeria, se o Tribunal Constitucional, à época, não lhe pusesse travões.
Vamos deixá-lo falar. Recorrendo mais uma vez a M.C., parece-me evidente que C.S. se tornou ridículo e birrento. Não haverá nenhum conselheiro que o avise? E, já agora, avisem-no também de que já não se justifica falar de “geringonças”. O homem não lê jornais?
Público - 10.03.2021, com pequenos cortes e o título alterado para "Birra".
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