domingo, 7 de março de 2021

Profanação de cadáver

 

NEM OS MORTOS ESCAPAM

 

 

Mãos largas a propalar probidade

Também prolixo em vulgaridades

Quererá fingir excentricidades

Para disfarçar a senilidade...

 

Nem mortos poupa da iniquidade

Reduz o rigor a banalidades

Raro que não debite alarvidades

Tão grande e grotesca a boçalidade.

 

Se os mortos “alegam” insolvência

Essa tão descarada insolência

Não pode ficar na impunidade;

 

A corrupção da morte é bem medonha

Não condená-la é grande vergonha

E também ofensa à dignidade...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

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