Os tempos da pandemia, carregados das imensas inevitabilidades que nos "envenenaram" as vidas e o futuro, justificaram as medidas que os governos nos aplicaram sem dó nem piedade. Em defesa da saúde universal, poucos se atreveram a questionar a bondade de medidas tão castradoras como a privação de liberdades e direitos, tão empobrecedoras como a suspensão ou cancelamento de acordos e contratos que a todos privou de rendimentos. Cidadãos civilizados e compreensivos, tudo acatámos, tudo desculpámos.
É chegada a hora de perguntar aos “poderosos” governantes, que tanto de nós exigiram, o que fizeram, em tempos tão excepcionais como os que vivemos, para forçar as indústrias farmacêuticas a contribuir para o combate global à pandemia. Bem sabemos que os seus interesses são tudo menos filantrópicos, e conhecemos os esforços que essas empresas fizeram no estudo e desenvolvimento das vacinas. Mas também sabemos que os dinheiros públicos, por toda essa Europa, financiaram generosa e decisivamente as investigações em curso, contribuindo para um retumbante êxito que não pode ser apenas assacado às indústrias. Não está aqui um interesse colectivo e mundial que sobreleva a "sagrada" distribuição de dividendos aos accionistas das farmacêuticas?
Houve coragem para se “mexer” drasticamente com a vida de todos. Que “medo” impede estes Estados de imporem a humanitária medida de quebrar as patentes?
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