Os debates entre líderes, apesar de não servirem de muito para conhecermos as diferenças programáticas dos diversos partidos, tiveram, até agora, uma virtude apreciável. Os espectadores constataram que o Chega só tem meia dúzia de atoardas que soam bem aos ouvidos de André Ventura (A.V.) e apaniguados, mas não passam de chavões repetidos à exaustão. Muito do que diz não passaria no crivo da verdade e revela apenas o mau sentimento que alguns dos desiludidos da vida destilam, em busca de mezinhas maravilhosas e simplistas, que os tornariam, num ápice e sem merecimento, nos “melhores do mundo”. A.V. bateu no tecto da popularidade e não passará daí, pela simples razão de que a generalidade dos portugueses, ainda que consciente dos problemas de que enfermam as democracias, não lhe reconhecem qualquer qualidade além da histrionia, que, honra lhe seja feita, desempenha com aparente inteligência. Além do mais, já ficou demonstrado que, “encostado às cordas” por quem lhe desmonta a táctica, A.V. só sabe esbracejar e repetir piadas monocórdicas, falsas e cacarejadas em disco riscado. A solidez do discurso de A.V. auto-destruiu-se. Obrigado.
Público - 10.01.2022
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