Nesta “trapalhada” da Ucrânia, já vi e li de tudo, mas continuo com muitas incertezas. Após as conversações das terceiras linhas dos EUA e da Rússia (Sherman e Riabkov), a que se seguiram as segundas linhas (Blinken e Lavrov), todos eles mais interessados em não danificar o “piso” para as primeiras linhas (Biden e Putin) do que em resolver outra coisa qualquer, continuo sem perceber as razões que levam o “Ocidente” a aceitar placidamente a ausência nas negociações da Ucrânia e da UE. Mesmo que todos adivinhemos a irrelevância prática destas entidades, a primeira por fraqueza estrutural, a segunda por “fraqueza de espírito”, considero inaceitável que os EUA pactuem com esta condição imposta pela Rússia.
Sem esgotar as minhas muitas perplexidades, não posso deixar de invocar as “pesadas sanções” que se abaterão sobre a Rússia, no caso de algum atrevimento de Putin nas fronteiras ucranianas. Já alguém pensou no chorrilho de prejuízos que se abateriam sobre a economia dos EUA? Convém lembrar que a indústria de armamento americana não é a única envolvida no “negócio”, porque há muitas outras empresas, designadamente financeiras, a saírem “chamuscadas” pelo ricochete do ímpeto sancionatório. Quanto à UE (sob a batuta alemã), não é preciso muito “latim” para sabermos que não tem grande vontade de ir por esses caminhos.
Público - 24.01.2022 (truncado, com alguma pena minha, da parte sublinhada).
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